sexta-feira, 27 de abril de 2012

Resenha de A Declaração de Independência dos Estados Unidos de DRIVER, Stephanie Schartz

A declaração de independência dos Estados Unidos.
Como a grande maioria dos países que se tornam independentes nas Américas, os Estados Unidos, nascem como uma república. Moderna para o seu tempo, liberal e humanista. Sua declaração de independência era uma forma de motivar seu povo e manter acessa a chama da liberdade. Mas de certa forma está declaração também incutia no povo Norte Americano as idéias de superioridade e liderança entre as nações.
O contexto que leva a independência norte americana pode ser traçado tendo como início o Tratado de Paris. A partir de então as posses britânicas se estendem de forma espetacular pelo mundo, exigindo maior controle e esforço administrativo. Atingidos por uma crise financeira, em virtude da Guerra dos Sete Anos, a Inglaterra estabelece que as colônias Américas devem ser responsáveis por gerar seu próprio sustento, criando assim, uma situação de virtual independência da metrópole.
A Lei do Açúcar que aumentava taxas de importação e restringia ainda mais o comercio da colônia, a Lei do Selo que taxava todos os documentos ou publicações emitidos nas treze colônias, as Leis de Townshend que aumentava as taxas dos produtos importados pela colônia e a Lei do Chá que entregou a Companhia das Índias o monopólio de comercio com a colônia foram motivo de revoltas e conflitos. Os congressos continentais buscavam uma solução americana para a crise e a solução, a princípio não era a independência e sim o autogoverno. Mas o governo inglês não estava mais disposto a negociar e declarou que as colônias estavam em estado de rebelião, determinando que a força militar fosse utilizada.
Thomaz Paine foi o autor, em 1774, de um panfleto chamado Senso Comum, onde ataca o regime monárquico e pela primeira vez, de forma pública, menciona a independência das colônias. A repercussão popular chegou ao congresso continental e gradualmente as colônias foram se mobilizando até que a decisão por uma república independente foi tomada.
A confecção do texto da declaração foi conduzida por Thomas Jefferson que não negou a influência de escritores como John Locke ou de autores clássicos como Aristóteles por exemplo. Mas como principal influência pode-se considerar o desconhecido Algernon Sidney que é antecessor ao pensamento liberal, mas já em sua obra defendia que o povo tem o direito de criar, eleger e dissolver seus governantes conforme a vontade do próprio povo.
Neste período antes da independência, as declarações eram instrumentos institucionais utilizados para determinar uma política oficial dos governantes. O próprio governo inglês utilizou esse instrumento em diversos momentos de sua história. A constituição da Virgínia, com prefácio de Thomas Jefferson, foi um documento base para a Declaração de Independência americana. Muito pelo fato de todas as outras colônias, também, redigirem suas constituições liberais. O texto final de Thomaz Jefferson foi submetido ao congresso americano que promoveu algumas alterações. Mesmo com essas retificações o texto se destaca pela qualidade e importância para o pensamento liberal.
Após a assinatura das ex colônias o próximo passo foi imprimir e divulgar pelo país a declaração. Copias foram impressas para mostrar a população que uma decisão definitiva havia sido tomada. O principal instrumento de divulgação da declaração foi a leitura pública, onde uma grande festa era montada para completar a cerimônia.
A Declaração era tão importante que foi considerada um objeto de valor inestimável para o país. Durante a guerra com os ingleses e as mudanças de cidade do Congresso americano a declaração era levada junto com os congressistas e mantida segura como símbolo nacional.