sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ensino no Brasil. Conquistas pontuais, avanços particulares e atraso para todos.

Ensino no Brasil.
Conquistas pontuais, avanços particulares e atraso para todos.


Poucas coisas incomodam mais do que mais do que a repetição desnecessária, o discurso fácil, a falta de ação e o falso compromisso assumido. Visitando os sites mais acessados do Brasil pude observar algumas manchetes referentes a educação brasileira. São elas:
Prova ABC mediu quantas crianças do 3ª ano sabem somar e subtrair.
Na escola privada, 75% atingiram mínimo esperado; na pública, 32%. (G1 – 26/8/2011)
A notícia é assustadora em todos os aspectos. Primeiro porque na caríssima rede particular de ensino brasileira, onde a educação é levada de forma mercantil e a relação é baseada no vendedor X cliente. Os resultados são cobrados de forma cruel sobre os alunos que, mesmo assim, apresentam resultados de apenas 75% e não próximos dos 100%. Os índices das escolas particulares não estão, ao menos, próximos dos índices da educação pública de países desenvolvidos. Já o indicativo de 32% da educação pública reflete exatamente a qual é o verdadeiro interesse do governo em relação a educação.

Universidade Federal de Juiz de Fora abre as inscrições para o vestibular. Prazo de inscrição se encerra no dia 19 de outubro. Enem será usado como a primeira etapa do processo seletivo. (G1 – 26/08/2011)
Uma manchete que aparentemente trás uma normalidade e um avanço, pelo uso do ENEM como o principal fator de avaliação, e assim atingindo uma política de avaliação unificada. Na verdade trás no corpo da matéria a obrigatoriedade do pagamento da taxa de inscrição de cem reais para participar do vestibular. Tratando-se de uma universidade pública, de ensino gratuito, vem a pergunta: Porque o pagamento de taxa de inscrição? Ou oferecemos um ensino realmente publico ou paramos com a falsa propaganda do ensino para todos. Certamente muitos deixarão de participar do processo por falta de condição de pagar a taxa de inscrição. E ainda, no decorrer do processo de formação, certamente outros alunos de menor poder aquisitivo deixarão seus cursos. Pois o ensino público e “gratuito” não garante a gratuidade de passagens, refeições, livros e estadias.

Estudantes invadem reitoria da UFSC (UOL – 25/08/2011)
Em protesto pelo corte do numero de vagas, pela falta de estrutura física e em apoio a greve dos servidores administrativos. Esse movimento que acompanha os estudantes de forma mais intensa desde a década de 60 nunca conseguiu de fato mudar os rumos da educação no país. As conquistas pontuais que conseguiram avanços transitórios logo foram atropeladas por políticas educacionais que nunca tiveram qualquer sentido de continuidade. Trocas de reitores, secretários, ministros, presidentes sempre resultaram na troca de políticas educacionais, mudanças de orçamentos e ajustes econômicos. Nunca houve um continuísmo, um planejamento em longo prazo e uma verdadeira preocupação com o futuro da educação e não apenas dos atuais estudantes.

Prefeito em 'greve' fecha escolas e postos de saúde em AL. (Terra – 25/08/2011)

Em uma disputa política entre a prefeitura e a câmara dos vereadores na cidade de Paulo Jacinto – AL. O prefeito em forma de protesto fechou escolas e postos de saúde deixando sem assistência mais de mil moradores da cidade. Como os professores irão explicar tamanho absurdo aos seus alunos? Qual exemplo de atitude diante dos problemas estes alunos e professores terão? Os alunos querendo ir à escola para estudar. Os professores querendo trabalhar e os dois principais elementos da educação impedidos por vontade de terceiros. Terceiros sim; afinal os governantes são facilitadores do processo educativo e não um elemento fundamental para que a educação aconteça. E qual será o argumento quando os professores resolverem fazer a sua justa greve?
Baixa escolaridade amplia desemprego de jovens em São Paulo. Números mostram que o aumento da taxa afetou mais os que não têm ensino médio. (R7 – 25/08/2011)

Esse é o reverso da educação inclusiva. É a segregação dos excluídos e a valorização dos escolhidos. As classes que não tiveram acesso a educação são taxadas como incompetentes ou indolentes e são involuntariamente conduzidas a segregação educacional, são colocadas em bolsões de miséria, também educacional, e lá trancadas e isoladas. As insipientes politicas educacionais atingem quase que exclusivamente a quem está inserido no sistema educacional ou que participa ativamente dele. Para os excluídos do sistema ou aos que vivem dentre dele, mas de forma não participativa, o que sobra são raras políticas inclusivas. E nessas políticas, que deveriam receber o maior aporte de investimentos são justamente as que são deixadas para o serviço de voluntariado ou aos que estão na base mais insuficientemente remunerada do sistema educacional. Isto é, os profissionais que atendem aos excluídos e tem a missão de tentar resgatá-los são os piores remunerados de todo o sistema educacional.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A Antropologia no quadro das ciências

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Quarto Período







A Antropologia no quadro das ciências
Matéria: Antropologia Cultural
Professor: Dauro







Macaé/RJ
Agosto de 2011.




O estudo das Ciências da natureza ou naturais e das Ciências sociais ou humanas pode ser situado no campo da antropologia social ou cultural aproximando-as, ainda mais, do homem em uma visão e uma prática por ele executadas.
Os fatos fundamentalmente mais simples são estudados pelas ciências naturais. São descritos como mais simples por serem facilmente isoláveis. E serem recorrentes e sincrônicos. Essa recorrência pode ser provada ou testada quando uma teoria feita por dois observadores diferentes, situados em lugares diferentes e até com perspectivas opostas podem produzir o mesmo fenômeno. Esta mesma possibilidade não pode ser construída nas ciências sociais, que estudam sistemas complexos e com elementos de casualidade e de complexa determinação. Mesmo que consigamos reunir todos os elementos de um fato social, seria impossível recriar todo ambiente e todo clima da um determinado momento. Fato que ocorre inversamente nas ciências naturais, onde a repetição de elementos gera a repetição de resultados. Da mesma forma podemos diferenciar os fatos naturais dos sociais quando analisamos a possibilidade de existência dos fatos na atualidade. Os naturais acontecem de forma igual a todo o momento, já os sociais possuem um caráter único, impossível de ser realizado no presente exatamente como foi no passado.
Mesmo sendo algo desejável para alguns cientistas sociais é impossível reproduzir um fato social em laboratório. Alguns pedaços de realidade podem até ser reproduzidos, mas a reconstrução verdadeira, incluindo todos os fatos em questão é uma totalização impossível. É relevante para analisar a abordagem diferente de cada ciência que o observador da ciência social pode julgar, por seus interesses ou motivações, diferentemente do natural que só tem um resultado fixo.
Estas duas ciências possuem alguns elementos em comum. Certamente que esses elementos não invalidam ou põem em duvida qualquer das fundamentações expostas anteriormente, mas são pontos de convergência entre elas.
A Antropologia Biológica utiliza o conhecimento estatístico e se dedica ao estudo dos primatas superiores, sendo assim um campo das ciências sociais que se aproxima das ciências naturais. Assim como a Antropologia Arqueológica que apesar de estudar as sociedades, estuda sociedades já desaparecidas, isto é, sociedades que não se modificam mais. Sendo um objeto estático de estudo.
Desta forma em alguns aspectos as ciências se misturam, mas não perdem suas características nem invalidam os fundamentos da outra. Ampliando o campo da formação humana e sua evoluçãi antropológica e cultural.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Relatório do filme Pro Dia Nascer Feliz.

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Quarto Período







Relatório do filme Pro Dia Nascer Feliz.
Direção João Jardim (2007)
Matéria: Educação Inclusiva
Professor: Francisco







Macaé/RJ
Agosto de 2011.



O primeiro e grave alerta do filme é um relato de 1962, onde o jornalista mostra o problema da educação que não atinge a todos, pois somente a metade dos que iniciam a vida escolar conseguem terminar o primeiro grau. Comparando 1962 e 2011, podemos facilmente constatar que pouca coisa mudou.
O filme inicialmente nos leva a Manari – PE. Uma das cidades mais pobres do Brasil. E a ironia inicial sobre a verba escolar de mil e duzentos reais que o personagem revela “Quem dera que fosse por mês”. Logo chegamos a uma sala de aula e a excelente iniciativa de uma aula sobre história regional. Não seria adequado ter exatamente o mesmo conteúdo em todo o país, respeitar a história regional de cada população é uma iniciativa que facilita o aprendizado e diminui a evasão escolar. O que mais impressiona no relato da menina Clécia, de 13 anos, além das tristes condições de estudo, é a sua pequena estatura da personagem, certamente por viver em deficientes condições alimentares. E para fugir dos generalismos podemos encontrar Valéria de 16 anos que admira e lê Vinícius de Moraes e Manuel Bandeira. E ainda enfrenta a dúvida dos professores que não acreditam que ela é a autora de seus próprios textos, certamente pelo próprio professor não ser capaz de produzir textos melhores do que o da aluna, não por culpa do professor, mas sim do contexto ruim em que ele se encontra. Falta de transporte, evasão de professores e evasão escolar são outros graves problemas denunciados ao fim da reportagem da cidade.
Tendo agora a cidade de Duque de Caxias – RJ. Como pano de fundo, encontramos a mesma precariedade de estrutura só que agora é a pobreza urbana retratada. Alunos dispensados e professores faltosos demostram que mesmo mudando de cidade os problemas são os mesmos. O agravante é o maior nível de influência negativa da vida urbana, concorrendo com a vida escolar. O aluno Deivison retrata muito bem o aluno descompromissado e que, da mesma forma que na cidade de Manari só frequenta o ambiente escolar para adquirir um status social e ter acesso a outros objetivos que não educacionais. Por fim o conselho aprova o aluno sem notas, muito mais para passar o problema pra frente do que para tentar resolve-lo.
A influência de bailes funkes, armas, mulheres é uma concorrência desleal para uma educação sem atrativos para o jovem de periferia da cidade grande. O único motivo para o Daivison continuar na escola é a banda de tambores, que representa mais um status social do que uma integração cultural. A escola em nada atrai o aluno, não o estimula e não consegue mantê-lo no circulo escolar, perdendo-o facilmente para qualquer outra atividade.
O filme chega a Itaquaquecetuba – SP. A escola bem organizada, limpa e com bons resultados consegue se destacar em uma periferia sem recursos. Na mesma faixa de idade dos personagens anteriores Ronaldo de 16 anos tem uma visão crítica sobre os avanços da educação no país, contestando as políticas de educação e os falsos resultados positivos. Mas os problemas de falta de professores são recorrentes. A professora Suzana é muito consciente ao afirmar que a escola tem que ser repensada. E certamente o formato já se esgotou, hoje, para o jovem em geral, tudo é mais importante que a escola, tudo é mais divertido que a escola, tudo dá mais resultados positivos que a escola. O fanzine feito por alunos dentro da escola foi uma atividade transformadora que aproximou os dois mundos, o escolar e o social, transformando realidades e criando um elo entre educação escolar e a vida cotidiana.
Ainda em São Paulo entramos em um colégio de classe alta. Onde o discurso do jovem já muda, entendendo porque o colégio deve exigir dos alunos, mas ao mesmo tempo se colocando em uma “bolha” social diferente e justificando sua condição social pelo acaso e ainda não procurando meios de diminuir essa distancia. Mostrando que mesmo os jovens que tiveram acesso a uma educação privilegiada tem um comportamento de exclusão social. Mas os índices de reprovação são grandes também. Mostrando que alguns dos problemas se repetem independente de condição social. Tanto os problemas educacionais quanto os sociais. Pode-se encontrar neste ambiente social de maior poder financeiro o reverso da moeda, o comércio da educação, o controle dos pais sobre o futuro dos filhos e a falta de controle sobre o próprio futuro.
O filme começa a retratar o problema das famílias desestruturadas em todas as classes sócias, de como essa falta de base familiar dificulta a formação de um bom ambiente escolar. Os problemas de relacionamento interno como briga entre alunos e a falta de apoio especializado para resolver esses conflitos.
O filme termina de forma chocante com os depoimentos de casos extremos mostrando o caminho que a grande maioria dos jovens pode tomar se a desassistência, o comodismo e a falta de ações efetivas continuarem. Por fim todos, por mais diversos que pareçam ser, são muito parecidos em seus problemas, suas dúvidas e suas necessidades.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Resenha da História dos Estados Unidos de Leandro Karnal, Purdy, Fernandez e de Morais.

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Quarto Período







Resenha da História dos Estados Unidos de Leandro Karnal, Purdy, Fernandez e de Morais.

Matéria: História da América
Professor: Victor Temprone







Macaé/RJ
Agosto de 2011.



Os Estados Unidos permaneceram entre 1814 e 1898 longe da política internacional e mergulhados na doutrina Monroe. Mas os interessem sempre estiveram nesta direção, pois a própria doutrina Moroe era uma política internacional. Os EUA sempre tiveram interesse em expandir o seu mercado consumidor, principalmente para o extremo oriente e montar um protetorado no Havaí. Historiadores apontam uma elite bélica na costa leste direcionando esforços para uma marinha de guerra. Nomes como o de Willian H. Seward, secretário de estado, Theodore Roosevelt, então secretário assistente da marinha, o presidente Grant e o secretário james G. Elaine.
Cuba era o maior interesse dos EUA para ampliar sua política expansionista, seria a porta de entrada para o caribe. Uma lei das tarifas chamada lei McKinley de 1890, isentava o açúcar cubano de pagar impostos aduaneiros, quando essa lei foi suspensa a ilha entrou em crise uma revolta foi massacrada pela Espanha e mesmo com uma pressão para ajudar Cuba o presidente Cleveland não atacou os espanhóis da ilha, isso só viria a acontecer em 11 de abril de 1898, depois do navio de guerra americano U.S. Maines sofrer um taque durante uma visita a Havana onde 260 marinheiros morreram. Para evitar uma política imperialista opositores do congresso aprovaram uma lei que não autorizava os EUA a montar uma base em Cuba. Simultaneamente o Comodoro George Dewey recebe ordens de atacar a capital das Filipinas, Manila, que também enfrentava uma luta colonial contra a Espanha. Os EUA saem vitoriosos. Cuba e as Filipinas não foram anexadas ao território dos EUA por questões constitucionais, racistas e estrategistas.
As Filipinas só se estabeleceriam como república após a segunda guerra, Cuba permaneceu orbitando os EUA, Porto Rico se tornou um estado livre associado aos EUA. Paralelamente a esses acontecimentos a Inglaterra reconhecia e apoiava a política dos EUA no caribe e no oriente.
O expansionismo dos EUA foi crescendo com acordos com o Japão para garantir as Filipinas para os EUA e a Manchúria para o Japão. Financiou a revolução do Panamá para construir o canal, separando-o da Colômbia. Em resumo de 1900 a 1920 os EUA interviram em Cuba, no Haiti, na República Dominicana, na Nicarágua e no México.
Duas teses tentam explicar o caráter expansionista dos EUA. O primeiro é econômico onde o mercado americano necessitava de matérias primas para seu mercado interno, outra de que os EUA eram exemplo de ética e retidão protestante e deveriam levar essa retidão aos povos não remidos do pecado do México e de toda a América do Sul.



De um século a outro

Um país sem nome que de 1800 com 16 estados chega a 1900 com 45, banhado por dois oceanos, a mesma constituição e sonhando com o futuro.



O Século Americano
A Era progressista: 1900 – 1920.


No início do século XX os EUA possuem um grande parque industrial, comandado por grandes monopólios, superando as nações europeias. O Darwinismo social justificava as políticas opressoras. Horas excedentes de trabalho, baixos salários e péssimas condições de trabalho eram justificadas pela capacidade de raciocinar e trabalhar do povo americano. Capacidade superior a índios, latinos e a demais imigrantes.

Capitalismo monopolista e trabalho.

A economia que era agrícola e artesanal na virada do século se torna industrial. A expansão das ferrovias facilitou os acessos e a expansão agrícola, de extração de ferro e na abertura do mercado. Grandes empresas dominavam o mercado dos EUA. J. P. Morgan e John D. Rockfeller controlavam 48 e 37 empresas respectivamente. Os salários eram muito baixos e os benefícios trabalhistas não existiam. As empresas preferiam empregar mulheres e crianças, pois os salários eram mais baratos.


Imigrantes e o sonho de “fazer a América”


Cerca de 25 milhões de imigrantes chegaram aos EUA entre 1865 e 1915. No ano de 1890 a grande maioria da população das grandes cidades era formada por imigrantes 87% em Chicago, 80% em Nova Iorque e 84% em Milwaukee. Dos imigrantes os que mais sofreram discriminação foram os negros, os latino americanos e os asiáticos. Segundo o economista Francis Amasa Walker a sociedade americana considerava que a fibra da sociedade estava se enfraquecendo, pois os imigrantes estavam ultrapassando os números de pessoas anglo saxônicas. Mesmo com todo o preconceito as leis não impediam as imigrações de forma mais efetiva, pois a mão de obra era muito necessária para a indústria do país.



Racismo e a grande migração de afro-americanos.

O sul dos EUA trataram os negros de uma forma bastante discriminatória no início do século XX. Os negros não tinham direito a voto, usavam repartições públicas diferenciadas. Sofriam violência social e policial. Chegando a média de 2 espancamentos por semana entre 1889 e 1903. Em 1900 90% dos negros dos EUA estavam nos sul do país trabalhando nas plantações de algodão. O êxodo em direção ao norte se seguiu de forma intensa, mas mesmo no norte do país os negros sofriam uma discriminação já enraizada na cultura era uma segregação informal mas impunha limitações sócias.



O Jazz e o Blues.

Basicamente uma mistura de ritmos africanos e europeus o blues se originou nas cantigas de trabalho e toadas da época da escravidão. Por fim se transformou em uma das maiores contribuições dos EUA para a música mundial.


O impulso progressista e seus críticos.

Essa era progressista fez surgir diversos segmentos na sociedade preocupados em controlar e prevenir um caos social. Em 1905 duzentos sindicalistas de Chicago fundaram o Idustrial Workes of the World (IWW) popularmente conhecidos como Wobblies. Fundamentalmente anarquistas buscavam um organização social ampla, onde somente a greve e o enfrentamento levariam a classe operária ao poder. Milhares de ativistas foram presos, torturados e executados. Pela polícia e por milícias de industriais.


O partido socialista da América.

Fundado em 1901 misturava ideias marxistas e a necessidade de acabar com a propriedade privada. Seu programa previa a estatização de bancos e ferrovias, trazia benefícios sócias e trabalhistas. Se desenvolveu a ponto de em 1912 seu candidato a presidência receber cerca de 1 milhão de votos. Sua influência chega ao fim junto com o início da primeira guerra.

Resenha de capítulos de O Império Marítimo Português De Charles R. Boxer.

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Quarto Período







Resenha de capítulos de O Império Marítimo Português
De Charles R. Boxer.
Matéria: Brasil Colônia
Professor: Meynardo







Macaé/RJ
Agosto de 2011.


A principal característica da sociedade humana antes dos descobrimentos portugueses era a dispersão. As sociedades viviam isoladas uma das outras, muitas sequer chegaram a saber da existência de outras sociedades. Muitas delas, principalmente na África, cresceram e deixaram de existir sem ter realizado qualquer contato externo.
Os portugueses tiveram alguma vantagem para iniciar as viagens marítimas por estar em uma posição geográfica favorável e, também, por já ter uma tolerância e facilidade na adaptação a convivência com outras raças, já que os mouros por muitos séculos dominaram a península ibérica. Ainda como vantagem, Portugal expulsou os mesmos mouros em 1249, dois séculos antes de a Espanha fazer o mesmo. Seus solos rochosos dificultavam o plantio, seus rios eram pouco navegáveis e sua população era pequena, cerca de um milhão de almas. Tudo isso contribuiu para a expansão marítima portuguesa.
As classes sócias não eram homogêneas. A nobreza estava dividida em Nobres, Fidalgos e cavaleiros. O clero também era bastante segmentado: Arcebispos, bispos, arquidiáconos, deões, chantres cônegos, padres, frades e monges compunham essa classe social. Uma classe social intermediária abaixo do clero e acima dos camponeses eram os comerciantes, advogados, médicos e funcionários da coroa.


1 . O Ouro da Guiné e Preste João (1415-99)

Pode-se considerar a conquista do Ceuta frente aos Mouros em 1419 o início da expansão marítima portuguesa. Não que outros povos em datas anteriores não tenham realizado algumas navegações, mas todas elas, isso quando os navegantes retornavam, eram esporádicas e não representavam mudanças para o mundo desta época. Certamente o início da “Era dos Descobrimentos” foi motivada por fatores religiosos, econômicos, estratégicos e políticos. Nem sempre dosados na mesma medida.
A ocupação do Ceuta mostrou aos portugueses o mercado do ouro que vinha do interior do continente africano. A partir de então tentaram estabelecer uma rota marítima para receber esse ouro. A lenda do Prestes João foi motivadora das incursões portuguesas na África, onde este Rei – Sacerdote viveria em uma terra muito rica e com muitos súditos. O Preste João seria útil na luta contra os mulçumanos.
Portugal conseguiu uma extrema aproximação com a igreja católica, principalmente por ser uma nação católica e seguir obedientemente as determinações do Papa. Nicolau V decreta que todas as novas terras conquistadas e as que ainda serão descobertas são monopólio português. Em 13 de março de 1456, já no papado de Calisto III a bula Inter Caetera confirma a posse dos atuais e futuros territórios a serem descobertos para Portugal.
Após 1442 Portugal passou a usar o tráfico de escravos para financiar suas expedições pela costa africana. A princípio entrando em conflito com aldeias que pouco potencial de defesa e depois simplesmente negociando com mercadores negros que vendiam seus prisioneiros como escravos.
Até 1460 foi o infante Don Henrique o responsável por monopolizar as ações de comércio e exploração na África, depois dele a coroa portuguesa autorizou Fernão Gomes a monopolizar esse comércio, seguido do infante e herdeiro do trono Don João. Que mesmo quando cedia o comércio a algum outro comerciante, nunca abriu mão do monopólio do ouro e dos impostos sobre os lucros do concessionário.
Os recursos provenientes do comércio com o continente africano, principalmente com o ouro. Levou Don João II a continuar na sua obcecada busca pelo Preste João. Uma destas expedições levou Bartolomeu Dias a dobrar o cabo da Boa Esperança em 1488 e abrir o caminho marítimo para as Índias.
Após a bem sucedida viajem de Vasco da Gama o rei de Portugal, Don Manoel escreve ao Papa contando as maravilhas do descobrimento e assina como Senhor da Guiné e da conquista, navegação e comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia.

2 – A navegação e as especiarias nos mares asiáticos (1500 – 1600).

O historiador indiano K.M. Panikkar considera o período de 1498 a 1945 como a época Vasco da Gama da história asiática, período em que a navegação foi controlada por forças estrangeiras ao continente.
Em elemento facilitador da conquista portuguesa do século XVI é a inexistência de navios armados no oceano índico. Os impérios do Egito, da Pérsia e de Vijayanagar provavelmente nunca tiveram embarcações armadas. Certamente Portugal não obteve controle completo do mar índico, mas o controle dor portos de Moçambique, Ormuz, Diu, Goa e Malaca lhes permitiu um grande domínio na região.
O historiador George Sansom afirma que a vontade de conquistar dos portugueses foi maior do que a vontade de resistir dos asiáticos, isso se reflete na várias tentativas de Albuquerque para conquistar Goa, Malaca e Ormuz.
O império marítimo português era excepcionalmente extenso em meados do século XVI se espalhava pela parte acidental da Ásia, a costa leste do pacífico, a costa ocidental africana e o litoral brasileiro. Portugal tinha pouco mais do que um milhão de habitantes e a extensão de seu império e a reduzida população obrigaram a navegação asiática ser operada cada vez mais por marinheiros asiáticos que trabalhavam sob as ordens de poucos oficiais eurasianos, todos sob o comando de Afonso de Albuquerque.





10 – O Padroado da Coroa e as missões católicas.

O cronista e soldado Diogo do Couto escreveu em 1612 que os reis de Portugal sempre conduziram a conquista do oriente com a união dos poderes militares e espirituais. O Padroado português concedia privilégios aos reis da Portugal para construir igrejas e nomear padres e bispos nas novas terras conquistadas. No continente europeu a igreja estava preocupada com o crescimento do protestantismo e os turcos no mediterrâneo, não tendo tempo para cuidar do novo mundo descoberto.
Já em 1759 o Marques de Pombal aboliu a Companhia de Jesus do império português, expulsando assim os jesuítas. Com este ato o padroado estava demolido em Portugal. As missões católicas na Ásia já em declínio foram totalmente extintas.



11 – “Pureza de sangue” e “Raças infectas”.

Edgar Prestage escreveu em 1923 que em Portugal exatos os escravos e os judeus, qualquer um que tenha se convertido ao catolicismo é elegível para um cargo oficial. Mas devemos atentar para que a teoria é uma e a prática é outra. Em 1518 um congolês foi sagrado bispo em Utica. Mas somente em 1541 o primeiro seminário em Goa teve início para jovens de 13 a quinze anos, onde sairiam formados padres seculares, mas não regulares.
Na Companhia de jesus apenas um indiano foi ordenado padre em 1575, lembrando que a Companhia durou até 1773. Alexandre Valignano organizador das missões na Ásia abriu o sacerdócio para chineses, japonese, indochineses e coreanos, mas sempre resistiu aos indianos.
Marques de Pombal, um déspota esclarecido, em 1774 enviou para Goa um novo vice rei e um novo arcebispo, com a função de terminar com as práticas racistas de seus predecessores. As recomendações eram de garantir a propriedade das terras cultivadas, os ministérios sagrados das paróquias e das missões, o exercício das funções públicas, e até os postos militares sejam garantidos em sua maior parte aos nativos, ou a seus filhos e netos, a despeito da cor de sua pele ser mais clara ou mais escura.
Mesmo depois de destituído a política de Pombal foi mantida no governo de Maria I.
Resume-se que anteriormente a Pombal o império português era racista e pregava a limpeza racial.

Fichamento do livro: Historia da África, uma introdução.

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Quarto Período







Fichamento do livro: Historia da África, uma introdução.
De: Ana Mônica Lopes e Luiz Arnaut
Matéria: história da América e Cultura Afro-brasileira.
Professor: Marcelo Abreu







Macaé/RJ
de 2011.

Introdução.

Na introdução os autores alertam que este livro se trata de apenas uma introdução aos temas africanos. Alerta pra a cultura euro centrista em que estamos submetidos. Destaca que o continente africano possui escritores, cineastas, músicos e intelectuais que são completamente desconhecidos da nossa cultura. Os autores indicam que tratarão dos grandes temas africanos para iniciar o e estudo do continente. Estudo esse regulamentado em lei como matéria obrigatória nas escolas de nível médio e superior no Brasil.

Idéia de África.

Estudar a África não é simplesmente realizar uma descrição física do continente e entre seus desertos, montanhas, rios e florestas, colocar o homem africano entra as zebras, elefantes e girafas. O Homem africano não pode ser naturalizado. São pessoas vivendo em grupo, criando culturas, vivendo e amando.
Culturalmente a África entrou no imaginário europeu como uma terra bestializada. No século XIII o continente era definido pela igreja como uma terra de seres fantásticos e longe das terras dos homens. Mas essa estigmatização não acompanha o pensamento anteriormente defendido e estudado no período clássico de nossa história, Heródoto, Plínio e Solino em seus escritos, fazem muitas referências ao continente africano, essas referências foram completamente deixadas de lado na Idade Média. Contribuindo para rechear o imaginário europeu com lendas e mitos a respeito do continente africano.
Existe um pensamento generalizante que trata toda a África como um só bloco, um pensamento que transforma todo um continente em uma só unidade monolítica. Mesmo durante a colonização do continente, nunca houve um esforço na diferenciação dos conjuntos populacionais.

Os africanos

Apesar da simples definição de que africanos são os nascidos na África, devemos ficar atentos para evitar que as simplificações reduzam a grande diversidade cultural, humana, linguística, alimentar, religiosa entre outras que compõe os vários africanos que habitam a África.
O “fardo moral dos homens brancos” foi um pensamento europeu em relação aos homens da África. Por não reconhecer na sociedade africana seus padrões de vida, sua estrutura política, sua semelhança em comportamento. O europeu considerou que alí, na África não havia humanidade.


Religiões

As religiões na África podem começar a serem analisadas a partir do norte. Onde o cristianismo partindo da Grécia e do posterior domínio do império romano. Logo se verifica uma penetração mulçumana através do vale do Nilo, devido a proximidade com a península arábica. Essa expansão mulçumana se estende por todas as regiões do Saara. O protestantismo com suas missões atingiram pontualmente algumas regiões do continente, mas nas regiões cristãs do que nas mulçumanas. De forma geral para cada dez convertidos apenas um era cristão e nove mulçumanos.
As religiões africanas de forma geral apresentam um ser superior que criou o universo, cercado por entidades menores que o auxiliam nas tarefas da terra. Além de uma forte ligação com os ancestrais. Mas a falta de livros sagrados e a forte tendência da tradição oral podem levar, erroneamente, a uma generalização das religiões africanas.




História e Historiadores

Não podemos esperar da natureza aquilo que só a cultura pode nos dar, ou seja, a história dos povos que habitavam e habitam o continente.
A concepção de história do século XIX fundamentada na definição de Hegel definia o continente como um lugar sem história, sem cultura, sem política, sem registros. Durante muito tempo a história do continente africano foi confundida com a história do europeu na África. Esse panorama só foi mudado a partir de 1950 com as primeiras independências mais significativas conquistadas e a inclusão da matéria história da África nas escolas e academias.


As organizações políticas.

As organizações politicas do continente são tão variadas que não permitem uma síntese conclusiva. Variando de impérios a pequenos clãs familiares os lideres eram erguidos das mais diversas formas. Uma visão panorâmica para facilitar o entendimento dos grupos políticos e suas formações pode ser dividida em três pontos:
1 – Até o século VI as grandes civilizações a militarização e multiplicidade religiosa caracterizou a região.
2 – Até o século XV o islamismo e o catolicismo formaram a base estrutural da sociedade na porção norte. Ao sul os movimentos migratórios formaram alguns estados políticos.
3 – Até 1880 com forte influência europeia, supratribalização e dominação militar.








Partilha européia e conquista da África.

O século XIX marcou a invasão europeia para o interior do continente africano. Motivada por diversos fatores tais como econômicos, religiosos, militares ou sócios, essa invasão foi tão intensa que esse período ficou conhecido como África europeia.
No século anterior o continente já contava com uma estrutura politica definida por grandes impérios como o Zulu, o Tucolor, e o Ashanti. Foi a resistência a invasão política europeia que transformou essa invasão em uma ação militar que, também, funcionou para um equilíbrio de forças entre as nações europeias.
Os europeus não encontram uma África unida e imaculada na sua chegada. Ao contrário, encontram uma um continente um luta por terras para a agricultura e constantes tensões e conflitos internos.
Por fim o que se planejou ser uma invasão comercial se transformou numa invasão militar devido a resistências de todos os povos africanos. “O mascate e sua mala foram substituídos pelo soldado e sua arma”


Congresso de Berlim.

Realizado em 1884 este congresso foi importante para regulamentar a ocupação do continente africano, pois os constantes movimentos militares e os interesses contrariados iram resultar em uma guerra entre os países da Europa.








A África sob o domínio colonial.

Quando o litoral já não era mais suficiente para os europeus e a conquista do interior começou os principais motivos para a vitória européia foram: Superioridade militar e logística, estabilidade associada a instabilidade africana, maior recurso material e financeiro, maior conhecimento do continente, avanço da medicina tropical.
A conquista européia trouxe duas profundas modificações na vida do africano: a expropriação das terras e o trabalho escravo.
Os nativos eram obrigados a pagar impostos aos conquistadores, mas estes impostos tinham que ser pagos com moeda européia, isso obrigava ao nativo a ter que trabalhar ou se escravizar para conseguir a moeda européia.



Pensar as independências africanas.

O movimento de independência africano que tomou força após o fim da segunda guerra mundial. Foi chamado, por alguns, de descolonização. Termo esse que mais do que uma diferença semântica para independência é uma personificação da volta a um passado pré-colonial, mas que não é o passado natural da região. A definição de libertação ou independência é a que mais se ajusta ao movimento ocorrido nesse período.
O movimento de libertação se tornou uma luta armada principalmente a partir de 1975 e as independências das colônias portuguesas.


Sul da África racismo e resistência.

Por se um ponto estratégico nas navegações da companhia das índias o Cabo da Boa Esperança recebeu ingleses e holandeses que logo se desprenderam dos costumes de seus países de origens e passaram a viver com novos costumes, originários desta nova região. O século XX já trouxe uma forte característica separatória na região. Mas foi a partir do fim da segunda guerra mundial que as politicas se endureceram e a África do Sul programou em toda a sua força de opressão o Apartheid.
O governo dos Boers realizou a separação dos povos por raças e isolou os negros em estados independes de forma forçada, onde eles perderam a cidadania sul-africana.




sábado, 6 de agosto de 2011

A educação inclusiva

Macaé 06 de agosto de 2011.
Relatório da primeira aula.
Autor : Bruno Botelho Horta. 4º Período de História.

A educação inclusiva deve ter, primeiramente, uma abordagem pedagógica. Entendo essa abordagem como um planejamento metodológico elaborado por profissionais que visam atender não tão somente os alunos que necessitam de atendimento diferenciado, mas como também, aos alunos de atendimento normal. Pois se objetivamos a inclusão dos portadores de necessidades especiais, necessitamos facilitar e desmitificar a convivência entre todos os alunos que utilizam as dependências escolares.
Os profissionais que atuam direta e indiretamente na formação destes aluno, devem ser preparados para atuarem de forma abrangente tanto para os alunos regulares quanto para os que necessitam de atendimento diferenciado, mas acredito que não é somente missão do professor facilitar este aprendizado. Acredito que o professor é somente a ponta de um processo que anteriormente deve ser planejado e estruturado por autoridades governamentais compromissadas com a educação inclusiva. Pedagogos, psicólogos, orientadores e diretores que antecipadamente apresentem projetos de facilitação da aprendizagem inclusiva, com cursos, palestras comunitárias, material pedagógico e estrutura física escolar. Para só então, depois de toda a estrutura preparada e funcionando, o professor possa trabalhar o caráter educacional dos alunos.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Criança Esperança

Faça sua doação para o Criança Esperança e fique com a consciência tranquila. Que se danem os meninos viciados, malabares nos sinais e vitimas de violência familiar bem ao nosso lado. Afinal você já fez a sua parte né?