segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Feudalismo: Economia e Sociedade

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé Graduação em História
Bruno Botelho Horta Quinto Período
O Feudalismo: Economia e Sociedade De: Hamilton M. Monteiro Matéria: História Geral Professor: Rodolfo Maia
Macaé/RJ
Do século IV ao VII a sociedade européia rompe os limites políticos, geográficos e culturais impostos pelo Império Romano e o resultado foi a chamada sociedade feudal ou Feudalismo. Sociedade baseada no regime de servidão. Onde a nobreza domina os servos para que a sociedade funcione.
A servidão é a elevação do escravo, que eram utilizados pelos romanos, a condição de servo e na mesma medida a opressão e destituição do camponês, rebaixado a condição de servo. A terra que só pertence a nobreza é trabalhada pelo servo que paga ao nobre, como sua produção, o direito de usar a terra e ainda deve trabalhar na terra dos nobres. Os elementos que mantinham essas relações em funcionamento eram o Rei e a igreja. O poder real é lentamente ursupado pelos proprietários das terras que se estabelecem como senhores feudais. É importante ressaltar que o feudalismo não era a ausência de comercio, mas sim a interiorização das praticas comerciais. Os feudos fechavam-se em si mesmo na primeira fase do feudalismo.
O Império romano que teve seu auge no século I entra em crise devido ao esgotamento da mão de obra escravista, o aumento da população e o esgotamento dos recursos naturais. As cidades se esvaziam, pois não há alimentos para todos e o colonato passa a ser o método de utilização da terra.
Um dos principais povos que invadiram o fragilizado Império Romano foi os germânicos. Um povo que não conhecia a propriedade privada e conviviam em uma sociedade compartilhada e comunal. Foi a influencia destes povos, com a dissolução das cidades romanas que surgiu o feudalismo. Uma síntese de modos de vidas em transformação. Outro aspecto que não pode deixar de ser considerado é de que o modelo feudal não foi único. Na região de Inglaterra, Espanha, Alemanha e Itália, vários foram as formas de funcionamento do feudalismo.
Na primeira idade feudal o vazio demográfico caracterizou a forma de ocupação do espaço. As guerras, a falta de alimentos e as epidemias contribuíram para este quadro até o século VII. O crescimento passa a ser significativo do século VII ao IX devido ao fim das invasões que geravam as guerras e o controle das epidemias. Após o século IX o crescimento se intensifica devido ao progresso das técnicas agrícolas.
A produção desta primeira idade feudal era caracterizada pela pequena produção camponesa para atender as suas próprias necessidades. O pouco de excedente da produção era comercializado, mas sempre em curtas distancias.
Os senhores feudais se estabeleceram pela prática dos monarcas de ceder terras para seus guerreiros em forma de pagamento e de terras a igreja com a particularidade de imunidade de taxas as terras da igreja. Esses donos de terras reproduziam a atitude dos monarcas cedendo porções menores de suas terras. A hierarquização se completa no processo de vassalagem onde o vassalo se entrega a proteção do suserano que em troca promete servi-lo. Este juramento é feito diante de algum objeto religioso para sacralizar o compromisso. Esses servos se dividiam em rês categorias: o Camponês, o livre e o escravo. Já no século VI era visível na sociedade a minoria de grandes proprietários de terras e ocupantes de cargos públicos e a maioria que vivia em estado de penúria, pagando altos impostos e a mercê das guerras. E pelas guerras uma nova classe dominante, mas intermediária, se estabelece. A elite armada e militar. Certamente que a servidão na era a única forma de trabalho neste período, mas era a mais utilizada.
A exploração do servo podia ser de duas formas. Pela corvéia, que é o trabalho gratuito para o senhor. Que pode ser na terra ou na reforma de pontes e estradas ou ainda em qualquer outro bem pertencente ao senhor feudal. Ou as cobranças em gêneros ou produtos manufaturados pelos servos.
O crescimento populacional se deve ao aprimoramento da metalurgia e o emprego do ferro na fabricação de instrumentos de trabalho e até da utilização do moinho de água na produção. As técnicas de plantio melhoram a produção gerando um excedente de produção, intensificando a necessidade de comercializar esse excedente.
O crescimento populacional separa a figura do artesão da figura do lavrador e as cidades se tornam o centro da produção secundária e terciária. Desta forma as cidades se estabelecem com centros mercantis.
O comércio se desenvolve a margem do mediterrâneo tendo como destaque as cidades de Genova e Veneza que controlam o comércio dos os produtos que tem origem na Ásia. Outras cidades se destacam no comércio, como Kiev e Birka pelo mar Báltico e depois de século X com o crescimento de Bruges. O norte da Europa cresce comercialmente e o resultado deste crescimento é a hansa Teutônica. Uma liga de cidades da região.
O crescimento das cidades é também o crescimento do campo. Pois a produção de alimentos e de matéria prima para a manufatura era o fortalecimento do campo na sociedade feudal.

A declaração de independência dos Estados Unidos.

A declaração de independência dos Estados Unidos.
Como a grande maioria dos países que se tornam independentes nas Américas, os Estados Unidos, nascem como uma república. Moderna para o seu tempo, liberal e humanista. Sua declaração de independência era uma forma de motivar seu povo e manter acessa a chama da liberdade. Mas de certa forma está declaração também incutia no povo Norte Americano as idéias de superioridade e liderança entre as nações.
O contexto que leva a independência norte americana pode ser traçado tendo como início o Tratado de Paris. A partir de então as posses britânicas se estendem de forma espetacular pelo mundo, exigindo maior controle e esforço administrativo. Atingidos por uma crise financeira, em virtude da Guerra dos Sete Anos, a Inglaterra estabelece que as colônias Américas devem ser responsáveis por gerar seu próprio sustento, criando assim, uma situação de virtual independência da metrópole.
A Lei do Açúcar que aumentava taxas de importação e restringia ainda mais o comercio da colônia, a Lei do Selo que taxava todos os documentos ou publicações emitidos nas treze colônias, as Leis de Townshend que aumentava as taxas dos produtos importados pela colônia e a Lei do Chá que entregou a Companhia das Índias o monopólio de comercio com a colônia foram motivo de revoltas e conflitos. Os congressos continentais buscavam uma solução americana para a crise e a solução, a princípio não era a independência e sim o autogoverno. Mas o governo inglês não estava mais disposto a negociar e declarou que as colônias estavam em estado de rebelião, determinando que a força militar fosse utilizada.
Thomaz Paine foi o autor, em 1774, de um panfleto chamado Senso Comum, onde ataca o regime monárquico e pela primeira vez, de forma pública, menciona a independência das colônias. A repercussão popular chegou ao congresso continental e gradualmente as colônias foram se mobilizando até que a decisão por uma república independente foi tomada.
A confecção do texto da declaração foi conduzida por Thomas Jefferson que não negou a influência de escritores como John Locke ou de autores clássicos como Aristóteles por exemplo. Mas como principal influência pode-se considerar o desconhecido Algernon Sidney que é antecessor ao pensamento liberal, mas já em sua obra defendia que o povo tem o direito de criar, eleger e dissolver seus governantes conforme a vontade do próprio povo.
Neste período antes da independência, as declarações eram instrumentos institucionais utilizados para determinar uma política oficial dos governantes. O próprio governo inglês utilizou esse instrumento em diversos momentos de sua história. A constituição da Virgínia, com prefácio de Thomas Jefferson, foi um documento base para a Declaração de Independência americana. Muito pelo fato de todas as outras colônias, também, redigirem suas constituições liberais. O texto final de Thomaz Jefferson foi submetido ao congresso americano que promoveu algumas alterações. Mesmo com essas retificações o texto se destaca pela qualidade e importância para o pensamento liberal.
Após a assinatura das ex colônias o próximo passo foi imprimir e divulgar pelo país a declaração. Copias foram impressas para mostrar a população que uma decisão definitiva havia sido tomada. O principal instrumento de divulgação da declaração foi a leitura pública, onde uma grande festa era montada para completar a cerimônia.
A Declaração era tão importante que foi considerada um objeto de valor inestimável para o país. Durante a guerra com os ingleses e as mudanças de cidade do Congresso americano a declaração era levada junto com os congressistas e mantida segura como símbolo nacional.

Aula de História: Que bagagem levar? De: Helenice Rocha

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé Graduação em História
Bruno Botelho Horta Quinto Período
Aula de História: Que bagagem levar? De: Helenice Rocha Matéria: Metodologia do ensino de História Professor: Rodolfo Maia
Macaé/RJ
Idéia central: A autora procura desvendar alguns mitos sobre o ensino da História, tais como a diferença entre as escolas públicas e particulares e o envolvimento dos professores no sentido de superar essas dificuldades. Sua pesquisa de campo direciona o leitor para o entendimento prático de como os alunos percebem e reage a abordagem dos professores. Tendo como finalidade mostras problemas e apontar soluções no ensino da História.
Não se pode fugir do ensino ou do aprendizado de História sem a leitura de textos. Leitura necessariamente liga ao entendimento do texto. Já essa compreensão é o ponto mais variável e pessoal desta questão. A forma em que esse texto é entendido pelo aluno ou pelo professor é uma forma única que depende, em um dos aspectos possíveis, do acúmulo de conhecimento relativo a outros textos, como a autora descreve a bagagem que o leitor trás. Na página 83 ao fim do primeiro parágrafo a autora escreve.
“No ensino de História, a escrita das tarefas escolares se apresenta como tecnologias da memória”
Em seu trabalho de pesquisa a autora relata que muitos professores de História da rede pública, atribuem a uma má alfabetização, os problemas de entendimento dos textos da matéria. O que de fato não deixa de contribuir para esse problema. Mas cabe ao professor, em sala de aula e em tarefas fora dela, promover e incentivar a escrita dos alunos. Para que eles possam, de forma natural, adquirir está bagagem ou biblioteca pessoal. E, cada vez mais, ter uma relação mais dinâmica e prazerosa com os textos da matéria. Já a mesma dificuldade não ocorreu nas escolas particulares, onde os alunos possuem um letramento maior e de melhor qualidade, deixando os problemas encontrados apenas a alguns alunos de forma isolada.
A excelente pesquisa da autora deve ser analisada de forma mais abrangente, pois se trata de alunos das séries inicias e de escolas públicas. Na página 87, no primeiro parágrafo a autora escreve:
“Eles (os alunos) parafraseiam o que seus professores definem como História, como estudo do passado, mais ou menos remoto. Assim, constituem um tautologia, prática escolar de repetição sempre presente em exercícios escolares.”
Os alunos do nível fundamental, e ainda mais intensamente, os de escolas públicas, refletem inevitavelmente os pensamentos e ensinamentos transferidos por seus professores. Certamente os resultados serão diferentes se a mesma pesquisa for executada em séries superiores. De certo que é um alerta é uma significante abordagem sobre esse problema. Mas deve ser contextualizada e ponderada. A medida que as séries avançam e os professores são alterados por outros de formação ainda mais específica ou atualizada. Certamente as resposta serão diferentes.
Citando o ultimo parágrafo da página 90: “Na escola, o capital cultural constitui uma biblioteca partilhada entre alunos e professores, pois as referências culturais são próximas, e uns e outros vivenciam práticas culturais semelhantes. Muitas vezes, como observamos, vêem os mesmos filmes e noticiários, conhecem as mesmas histórias, conversam sobre assuntos semelhantes, com diferenças de preferências relativas a faixa etária.”
Esse parágrafo reflete a perigosa aproximação entre o professor, que na sua maioria das vezes é um profissional de classe média, como o seu público semelhante, que são os jovens de classe média/alta. As conseqüências são o distanciamento das escolas que atendem as classes mais baixas da sociedade. A dificuldade de se expressar, de aplicar seus planos de aula, de utilizar recursos matérias e de motivar seus alunos. O professor de história deve utilizar essas dificuldades como motivação para superar essa distancia. Deve buscar caminhos alternativos para que sua aula funcione não de forma uniforme onde quer que ele atue, mas como um elemento que se adapta ao lugar e ao aluno que frequenta suas aulas.
Estimular o acúmulo de memória é uma ferramenta eficiente para iniciar o processo de recuperação dos alunos que não conseguiram adquirir essa bagagem histórica. Criatividade, bom senso e dedicação são instrumentos indispensáveis para essa tarefa. E ninguém melhor que o professor de história para criar os métodos necessários para que essa falta de bagagem seja supera em um tempo menor do que o habitualmente se faria com outras matérias e assim garantir um equilíbrio de informação e aprendizado para todos os alunos. Independente de sua escola ou classe social.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Resenha da segunda parte de Leviatã de Thomas Hobbes.

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé Graduação em História
Bruno Botelho Horta
Resenha da segunda parte de Leviatã de Thomas Hobbes. Matéria: História da América Professor: Meynardo.
Macaé/RJ
Leviatã
Segunda Parte - Do Estado
Thomas Hobbes escreve Leviatã em 1651, onde procura explicar e justificar a dominação e controle do estado absolutista, fundamentando e estabelecendo está forma de governo. Podemos entender que o texto que justifica o Estado Absolutista, também pode justificar o movimento de independência e as forças revoltosas ansiosas por estabelecer o seu próprio estado e o seu próprio poder. Portanto pretendo, nesta resenha, utilizar o texto de Hobbes para entender e justificar os movimentos de independência da América Espanhola. E de alguma forma inverter o sentido do pensamento dominador. Explicando a revolta pelo ponto de vista dos revoltosos.
O início do texto pode ser muito bem relacionado com o momento em que viviam os habitantes das colônias espanholas no início do século XIX. Principalmente antes dos movimentos por independência. Pode-se citar o trecho “o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a conseqüência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de mantê-los em respeito (...)” A península atravessava a crise napoleônica e as colônias, refletindo a crise peninsular, buscava sua nova organização reagindo as fatos que ocorriam na metrópole.
A formação social das colônias espanholas era caracterizada por uma maioria nativa indígena, um segundo grupos de descendentes peninsulares nascidos na América e outro menor de peninsulares, que dominavam os principais cargos de poder. Como a maioria da população era formada por nativos a justificação encontrada no livro explica o início do pensamento libertador “A multidão que pode ser considerada suficiente para garantir nossa segurança não pode ser definida por um número exato, mas apenas por comparação com o inimigo que tememos”. A superioridade numérica dos nativos era evidente no início de século XIX. Este foi mais um motivo que ajudou na transformação do pensamento colonial.
O capítulo “Dos direitos dos soberanos por instituição” trata exatamente da formação da base de pensamento que ocorreu na colônia. Os colonos formavam um grupo que adquiria personalidade e pensamentos em comum. A formação de um Estado era cada vez mais necessária. A metrópole representava cada vez menos o interesse das colônias e esses colonos precisavam ser representados. Os americanos queriam o poder e a formação de um novo Estado para expressão de seus pensamentos. O desejo pela formação dos Estados americanos pode ser justificado pelo mesmo motivo da formação do estado espanhol. Onde a cultura em comum e a necessidade de fortalecimento político e militar para combater ou expulsar invasores ou conquistadores foram fundamentais para as transformações visando a unificação e independência.
As justificativas absolutistas utilizadas pelo autor certamente seriam utilizadas nos Estados americanos que se formavam, mesmo sem que os revolucionários não tenham lido ao menos uma linha de O Leviatã, o pensamento revolucionário que busca o poder desenvolve práticas absolutistas para manter suas posições conquistadas e defender seu novo Estado. Hobbes fundamenta a necessidade de que o governo, seja ele qual for: Monarquia, Democracia ou Oligarquia deve ser estável e não sofrer ataques ou possibilidade de divisão. Uma vez em que o povo determinasse quem seria seu representante, ou representantes, essa vontade deveria ser respeitada e mantida a todo custo. E certamente esse desejo foi sentido pelos habitantes da colônia que necessitavam escolher seus representantes, diferente dos peninsulares, que já possuíam seus representantes estabelecidos. O povo nativo necessitava passar pelo processo de escolha de seus líderes e a crise imposta por Napoleão apenas reforçou esse sentimento nativo colonial.
Hobbes justifica e praticamente normatiza como os processos sucessórios devem acontecer no Estado monárquico. Certamente essa dominação do Estado monárquico foi reproduzida após a independência das colônias espanholas, onde os governos constituídos expropriaram bens, confiscam terras e estipulam pesados impostos para manter no novo regime funcionando. A definição de liberdade utilizada pelo autor é de perfeito entendimento quando se analisa as questões coloniais. Por definir liberdade como ausência de oposição e essa oposição entendida como impedimentos externos. Pode-se entender que os movimentos colônias, que buscavam a liberdade, possuíam essas características definidas por Hobbes e as utilizavam na tentativa de libertação do controle externo.
Após a conquista desta liberdade vem a necessidade de mantê-la. Então criam regras, leis e elegem representantes. É o chamado “Homem Artificial” ou o Estado. E esse Estado constituído tem o direito de exigir que o homem combata em seu nome, que defenda esse novo Estado com sua própria vida. A recusa a servir esse novo estado é passível de morte. A liberdade individual deve ser submetida a vontade do Estado e neste ponto de vista a antiga colônia e agora um Estado independente começa a reproduzir as práticas da ex metrópole.
No mérito das partes que constituem o Estado. Hobbes valoriza e reconhece apenas os sistemas, isto é, onde um homem ou um conjunto de homens representa os demais. O significado de província abordado no texto faz referência a porção territorial afasta da metrópole e que são governadas por delegação de poder. Esse poder delegado deve ser exercido e representado por uma assembléia: “Primeiro, o governo de uma província pode ser delegado a uma assembléia, cujas resoluções dependem todas do voto da maioria; esta assembléia será um corpo político, e seu poder será limitado pela delegação.” Essa representação foi, por muitas vezes, o maior motivo de tensão entre colonos e colonizadores. O sentimento de independência só amadureceu pela opressão e pela exploração exercida pela metrópole. Se o pensamento do autor fosse colocado em prática, como por exemplo, instituindo uma assembléia popular colonial, muitos conflitos teriam sido evitados e as revoltas por independência não surgiriam com tanta força. Sobre a divisão do Estado é admitido abertamente pelo autor a possibilidade de que uma colônia se torne um Estado, onde apenas se mantém laços e amizade. “E, depois de estabelecida a colônia, ou esta constitui por si só um Estado, dispensado da sujeição ao soberano que a enviou”. Esta parte do texto deixa claro que qualquer submissão não se sustentaria por muito tempo e que o pensamento das colônias é alcançar a independência. Hobbes sabia disso e as colônias mesmo sem conhecer o pensamento teórico do autor, também sabiam e buscavam, na prática, a sua independência.
Hobbes afirma que o Estado é finito e que o principal responsável por esse fim é o próprio homem. Ele determina que o homem, por não ser a todo tempo um ser racional, perde o controle sobre si e sobre os outros homem, possibilitando assim, o fim do Estado, que sem margem para dúvidas é substituído por um novo Estado. E é atribuído aos “males internos” a força responsável por essa destruição. Analisando esse pensamento de Hobbes podemos justificar todos os movimentos revolucionários da América espanhola. Pois foi a má administração da metrópole que permitiu que os “males internos”, isto é, os nativos das colônias, concretizassem o movimento de independência, confirmando assim, a teoria do autor.

Hosni Mubarak

1979 - acordo de Camp David é assinado
6 Outubro de 1981 – Hosni Mubarak chega ao poder após o assassinato do presidente Anwar Sadat. Mubarak era Vice Presidente e chega ao poder após um referendo popular. Militar de carreira na Força Aérea chegou a Ministro da Defesa e então a Vice Presidente. Ferido no atentado que matou o presidente Anwar Sadat assumiu o poder com mão de ferro, justificada pelo atentado, decretou estado de sítio no país que perdurou enquanto esteve no poder.
Aliado de Washington na região, o ditador usufruía de boas relações com o Ocidente embora fosse fato conhecido de que seu governo era uma ditadura de mão de ferro.
Mubarak também era bem visto por ter mantido um acordo de paz com Israel, assinado em 1979, país com o qual o Egito travou três guerras.
Ganha apoio dos EUA e de Israel. Fortaleceu relações militares com os EUA de onde recebia verbas para aparelhar e treinar seu exército.
1987, 1993, 1999 e 2005 foram as reeleições consecutivas de Hosni Mubarak em processos eleitorais cada vez mais obscuros. As eleições de 2005 permitiram mais de um candidato, antes apenas a população dizia sim ou não. 1995 foi alvo de tentativa de assassinato na Etiópia, em 1995.
25 – 1 – 2011 – dia de fúria mais de um milhão de pessoas pedindo a saída de Hosni Mubarak Apesar do forte crescimento econômico dos 30 anos que esteve no poder. A sociedade ficou pobre enquanto o Estado enriquecia. E foi as péssimas condições de vida que impulsionaram os protestos contra Hosni Mubarack. Mohamed ElBaradei
3-2-11 Hosni Mubarak anuncia que não tentará mais a reeleição. Quando perde o apoio dos EUA.
11-2-2011 Hosni Mubarak renuncia e entrega o poder ao comando militar.
Neste mesmo dia a Praça Tahrir amanheceu tomada por opositores e o prédio da Tv estatal e o palácio de governo cercado por populares a pressão foi tanta que o vice renunciou no dia seguinte.
Para 2011, o Presidente norte-americano, Barack Obama, preparava-se para pedir ao Congresso para aprovar um novo pacote de apoio militar. Quando a Casa Branca já condenava publicamente a resposta musculada do regime de Mubarak ao início da vaga de protestos no Egito, ainda choviam sobre os manifestantes granadas de gás lacrimogêneo de fabrico norte-americano.

John Luccock

Ele era um comerciante de Yorkshire, que desembarcou no Brasil em junho de 1808, três meses depois da corte portuguesa, e permaneceu neste país até 1818. Permaneceu no Brasil durante dez anos, realizando negócios, procurando enriquecer e observando a terra e a sociedade tão diferentes de seu país
Sua obra "Notas sobre o Rio de Janeiro e partes meridionais do Brasil", publicado em 1820 na Inglaterra e em 1942 no Brasil., também fazia um juízo pouco favorável acerca das condições culturais brasileiras: A maioria não é nem mais culta nem menos avessa a dar provas públicas de sua ignorância. Se isso se dá com as camadas superiores da sociedade brasileira, que esperar do vulgo? Cada um que decida disso como quiser e dificilmente o fará de maneira demasiadamente desfavorável. É difícil conceber que um país, que por tanto tempo participou da civilização, possa cair mais baixo do que na realidade se encontra a Colônia a esse respeito. (LUCCOCK, 1975, p. 87)
Escritor utilizado por trabalhos de arquitetura. Onde se buscas referências da época do império.
Crítica: "O negociante Luccock tem espírito e descreve muito bem, mas exagerado na malignidade. E, como é surdo, não se pode ter tanta confiança no que afirma ter ouvido como no que observou" (Saint-Hilaire).
Muitos desses viajantes realizavam sozinhos a sua empreitada, como Saint-Hilaire, que percorreu o centro-sul do Brasil de 1816 a 1822. Ainda, Luccock e Mawe também eram viajantes solitários. O primeiro percorreu o Rio de Janeiro e as províncias setentrionais do Brasil em duas viagens, uma em 1813 e outra em 1818. Lupton & Luccock empresa criada no Rio de janeiro
Segundo Elizabeth Mendes, os viajantes que aportaram no país entre 1808 e 1822 [1] podiam ser classificados como: naturalistas, assim como Auguste de Saint-Hilaire, Edward Pohl e Johann von Spix e Carl von Martius; artistas, como Jean Debret e os membros da missão artística francesa; militares, como os prussianos Leithold e Raugo; alguns especialistas contratados pela Coroa para um serviço específico, como o mineralogista Eschwege; e ainda os viajantes renomados, membros de uma burguesia comercial inglesa e francesa, como John Luccock, Koster e Tollenare, geralmente interessados em verificar assuntos de importância econômica. As descrições políticas foram contempladas mais por estes últimos, que geralmente se mantinham apenas nas cidades [2] ; o estudo da natureza coube, no entanto, como é de se prever, aos viajantes naturalistas, que se propuseram a adentrar o interior do Brasil em busca do conhecimento de novas espécies.