quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A República Nova (1930-1937) De: Edgard Carone (Resenha)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Segundo Período







A República Nova
(1930-1937)
De: Edgard Carone
Matéria: História do Brasil República
Professor: Victor







Macaé/RJ
Outubro de 2010.
Texto do historiador paulista Edgard Carone.

A) Da União Sagrada Contra o Perrepismo À Revolução de 1932.

I – Governo Provisório: Seus Limites.
Getúlio Vargas chega ao Rio de Janeiro em 30 de outubro de 1930. É ovacionado pelo povo e assume o poder formando uma junta provisória de governo. O Congresso Nacional é dissolvido, juntamente com as assembléias estaduais. Tem início a elaboração de uma nova constituição. Mas foi na formação do novo ministério e nas nomeações estaduais que Getúlio subverteu o caráter revolucionário e iniciou práticas semelhantes as que praticavam os militares que ele havia derrubado. Distribuiu politicamente os cargos nos ministérios, aceitou pressões e foi obrigado até a criar ministérios para saciar a fome de poder dos novos governantes. Interessante notar que nenhum carioca, apesar da capital federal ser o Rio de Janeiro, assume postos no primeiro escalão do governo. É compreensível que Getúlio procure equacionar entre as suas lideranças um enquadramento dentro do governo revolucionário para que todos os importantes componentes da revolução possam exercer seus ideais e estabelecer suas políticas de renovação, mas o que iria acontecer de fato pelo País saiu do controle do governo federal.

II – São Paulo: O tenentismo e as oligarquias dissidentes.
A vitória militar foi apenas mais uma fase da revolução. O novo governo inicia ações para eliminar práticas antigas que eram dominadas pelas antigas oligarquias. E a partir de 1931, quando estas oligarquias percebem que a revolução vai de encontro aos seus interesses, iniciam uma série de atitudes oposicionistas, objetivando que a constituição seja respeitada e que o governo promova novas eleições. Foi em São Paulo que este oposicionismo teve sua maior representação. A oposição representada pela aliança liberal e o PRP lutaram a favor de Washington Luis. Mas foram derrotados e presos pelo governo Getúlio Vargas.

III – Política nos estados: Consolidação do Tenentismo.
Por todo o Brasil a oposição das antigas oligarquias iniciam uma luta por eleições e por respeito a constituição. Em quase todos os estados a oposição se organiza e reivindica participação no poder. Luta por eleições quando percebe que Vargas inicia uma ditadura. Reivindicar eleições era fundamental para que as oligarquias retomassem o poder. Pois eles além de formarem uma elite financeira, plenamente capacitada para votar e ser votada, ainda dominava sua massa eleitoral e conduziria os votos da forma que atendesse aos seus interesses. Em Minas Gerais a oposição de Olegário Maciel, apesar de se manter como Presidente do estado e recusar o título de interventor, que o alinharia com Getúlio, acaba por se desorganizar e a atender aos interesses federais. No Rio de Janeiro Vargas não teve dificuldades para nomear seus interventores, diferente da Bahia onde um equilíbrio de forças caracterizava a política local. E uma sucessão de nomeações e demissões acontece no estado. Em Pernambuco os revolucionários conseguem certa estabilidade de governo. Diferente do Rio Grande do Norte onde uma a instabilidade caracteriza a política da região. Nos demais estados o tenentismo consegue se impor.
Esta oposição encontrada nos principais estados do Brasil caracteriza o inconformismo de quem perdeu as vantagens do antigo governo e não projeta possibilidades em curto prazo de reaver essas vantagens. A medida que o governo revolucionário de Getúlio se consolida e a possibilidade de eleições ficam cada vez mais distantes, é natural que a oposição inicie a luta pela reconquista do seu poder. Por vezes são disputas políticas e pressões partidárias de lado a lado, mas em alguns casos chegou-se a luta armada. Foi o ano de 1931 caracterizado por essa disputa de poder.

IV – O Domínio tenentista: Limites. Luta contra a constituinte.
O Clube 3 de Outubro é uma expressão do governo federal que pratica políticas visando o estabelecimento do poder de Getúlio Vargas. Utilizaram censura e de arbitrariedades para cumprir seus objetivos, encontraram maior resistência em São Paulo e no Rio Grande do Sul. São Paulo constituiu uma coalizão de forças oposicionistas formando a Frente Única. Os embates foram tão intensos em São Paulo que o Clube 3 de Outubro foi obrigado a recuar e a aceitar a necessidade de reconhecer que a constituição deva ser respeitada.
V – O início da consolidação da luta das oligarquias contra o domínio tenentista.
As oligarquias assumem uma posição ainda mais radical do que simplesmente combater e se opor aos interventores estaduais. Elas rompem diretamente com Getúlio Vargas. Iniciando uma nova revolução. Mesmo nomeando um interventor paulista e oligárquico para o estado de São Paulo, a nomeação de um tenentista para chefe da polícia paulista causa mais um confronto de interesses que termina com mais instabilidade e queda do interventor. Neste momento o Partido Democrático, que é de oposição, rompe publicamente com Getúlio. Recém o apoio de Minas Gerais. Getúlio enfrenta, também, forte oposição no Rio Grande do Sul, onde em 1932 também anunciam seu rompimento com o governo federal.
Recebendo pressão de estados fortes Getulio nomeia uma comissão para elaborar uma nova constituição e marca eleições para o ano seguinte (1933). Estas medidas acalmam a oposição. Mas pressões internas em São Paulo levantam uma revolta que chega a classe burguesa. Minas e Rio Grande do Sul declaram apoio a São Paulo. E as suas respectivas frentes-Unicas iniciam o movimento para implantação de um governo constitucional.
VI – Revolução de 1932. São Paulo lidera a oposição ao governo federal, secretamente articula-se com Minas e Rio Grande do Sul. Confiante na revolução e no apoio prometido pelo Mato Grosso, surpreendentemente inicia a revolução em 9 de julho de 1932, mas inesperadamente vê Minas e Rio Grande do Sul ainda buscar um entendimento com o Governo de Getúlio. O movimento paulista se revela imaturo e não consegue o alcance desejado além das fronteiras do estado. Minas e Ro Grande do Sul se alinham com Getúlio, deixando os paulistas isolados. São Paulo é derrotado no sul e recua, também sofre derrotas na fronteira com Minas e tenta um acordo, mas sua posição de exigir a saída de Vargas e a volta da constituição de 1891 inviabilizam um acordo de paz. Uma forte ofensiva das forças legalistas culminam em uma convenção de paz em 2 de outubro. Onde o governo de Getúlio reassume o controle no estado.

B) Da revolução de 1932 a União sagrada contra o comunismo.
I – A retomada constitucional. Eleições de 1933.
Após o controle do estado de São Paulo. Getúlio percebe que as oligarquias derrotadas não permaneceriam isoladas e alijadas da política por muito tempo. O ante projeto da constituição volta a ser confeccionado e são marcadas eleições para maio de 1933. Em São Paulo as oligarquias formam uma chapa única e vencem esmagadoramente as eleições, confirmando que sua estrutura mantém os votos de cabresto nas áreas rurais. No Rio Grande do Sul o governo ganha as eleições. Em Minas as oligarquias vencem as eleições, mas por uma margem apertada de votos o que não equaciona a disputa política no estado. Na Bahia os tenentistas alcançam a vitória. Neste novo quadro nacional podemos verificar uma vitória dos tenentistas com exceção de São Paulo.

II – O problema presidencial. Tentativa de golpe do general Góis Monteiro.
A anistia é concedida aos revoltosos de 32 e as forças oligárquicas conseguem se rearticular. Góis Monteiro surge como preferência de forças oligárquicas e do Clube 3 de Outubro e Getúlio é um nome natural para concorrer nas eleições. Mesmo com alguma pressão dos oficiais do exercito para que Góis Monteiro seja colocado na presidência, o mesmo permanece no governo como ministro da guerra e em 16 de julho de 1934 a constituição é assinada e Vargas é eleito indireta e constitucionalmente presidente.

III – Consolidação das novas oligarquias: São Paulo e Minas Gerais.
Iniciado o novo governo de Getúlio os ministros são escolhidos por indicação dos estados e a assembléia constituinte forma o novo congresso nacional. O declínio do Clube 3 de outubro e o seu fim em abril de 1935, fortalece as forças oligárquicas que se estruturam em Minas e em São Paulo. Os paulistas de oposição se reúnem sob um novo partido o Constitucionalista e ganham as eleições estaduais. Em Minas com a morte do Olegário Maciel, Getúlio propõe uma coalizão de forças e Benedito Valadares com o apoio de Getúlio consolida o estado de Minas.

IV – Afirmação das oligarquias no poder. A lei de segurança nacional.
Em 1934 os estados promulgam suas constituintes e seus governadores são eleitos. Configura-se grande predomínio das forças governistas mantendo-se no poder. Quadro semelhante acontece no Congresso Nacional, onde Getúlio consegue maioria para governar. Em um processo próprio os oficiais do exercito questionam o atual processo político e tentam barrar conquistas na nova constituição em nome da ordem, conseguem apoio dos grupos oligárquicos de oposição. A instabilidade financeira do País provoca questionamentos das classes operárias e da classe média. Esse movimento oposicionista dá luz a Aliança Nacional Libertadora. O governo reage e promulga a Lei de Segurança Nacional em 4 de abril de 1935. Uma Lei que por seu caráter subjetivo dá amplos poderes ao governo. Reações da oposição acontecem em todo o País mas a lei entra em vigor. Na Vila Militar do Rio de Janeiro o general Guedes Fontoura inicia uma revolta contra Getúlio, sua tentativa do golpe e sufocada por Getúlio que habilmente desmonta o comando revoltoso, dá um abono aos militares e pacifica a situação.
V – O fechamento da ANL e a insurreição de novembro de 1935.
O chefe da polícia do Distrito Federal assume um papel importante contra a ANL. Filinto Muller entrega a Getúlio um relatório informando das ações conspiratórias da ANL. Getúlio então fecha a entidade e dá pleno poderes a Filinto que inicia pela primeira vez um sistema de torturas e mortes contra presos políticos.
Os comunistas se sentem preparados para a revolução e liderados por Prestes iniciam a articulação para a revolução. O governo não ignora a movimentação clandestina e acompanha os passos da revolução. Precipitadamente a revolução estoura em Natal e se fragmenta entre os dias 23, 25 e 27 de novembro de 1935, enfraquecendo a revolução e permitindo a ação do governo. Em Natal depois de tomada pelos revolucionários e reconquistada com o envio de tropas do exército. Em Pernambuco o movimento revoltoso se restringe ao Recife, mas encontra resistências dentro dos próprios militares. Acuados pelas tropas governistas os revoltosos são massacrados e se rendem no dia 25. No dia 27 os revoltosos do Rio de Janeiro dominam o 3° RI, mas o General Eurico Gaspar Dutra comande uma forte ofensiva contra os revoltosos e após um massacre bélico todos os implicados se rendem.
O que se observa nos relatos e a falta de apoio popular aos revoltosos, em todo texto de Edgar Carone a população nunca é citada como apoio aos atos de revolta e tão pouco as ações legalistas. Quase que inteiramente a revolta parte de grupos militares ou de oligarcas que perderam o poder. O Brasil que atravessava uma crise financeira só provocou revolta dos militares que lutavam por seus salários e não por uma igualdade social. E os comunistas sem espaço no poder utilizaram-se deste inconformismo militar para juntar forças na sua tentativa de assumir o poder.

C ) Da união sagrada contra o comunismo ao golpe de estado de 1937.

I – O movimento repressivo após a revolução de 1935.
Após a tentativa de golpe o governo endurece suas políticas repressivas. O Congresso nacional aprova o estado de sítio e uma implacável perseguição se inicia contra os revoltosos. O estado de sítio de transforma em estado de guerra e se estende até o fim de 1936. Nesse período políticos, operários e sindicalistas são presos indiscriminadamente. Ainda insatisfeito com a amplitude dos seus poderes, Getúlio, apoiado por seu exército, amplia, autorizado pelo Congresso Nacional, seus poderes repressores. Conseguindo, também, um endurecimento da Lei de Segurança Nacional. O ponto máximo e culminante da repressão do governo de Vargas foi a criação da Comissão de Repressão ao Comunismo. Órgão que atuou em todo País com plenos poderes para prender, afastar e perseguir quem quer que seja. A ditadura conquistada por Vargas agia com todo o poder que o estado autoritário pode dispor.

II – Prisão de parlamentares. A minoria parlamentar.
Aproveitando o recesso parlamentar no início de 1936 o governo massacra ainda mais a oposição violando imunidades parlamentares e prendendo deputados e senadores. Todos os presos foram associados a intentona de Prestes. A minoria oposicionista na Câmara tenta, mas não consegue impedir os atos arbitrários que são solicitados e concedidos ao governo Vargas.

III – Inicio da luta contra os Estados oposicionistas. O Tribunal de Segurança Nacional.
Com o início de crises nos governos estaduais Getúlio Vargas solicita e mesmo sob pequena oposição, institui com autorização do Congresso o Tribunal de Segurança Nacional, uma corte de exceção com poderes ilimitados para julgar, inclusive retroativamente casos de ameaça a soberania nacional. Getúlio vai endurecendo cada vez mais o seu governo. A pequena oposição parlamentar fica ainda mais enfraquecida quando entra em disputas internas visando a sucessão presidencial.

IV – A sucessão presidencial.
A especulação da sucessão presidencial se inicia com o nome de Armando Salles de Oliveira que apóia a política de Getúlio e recebe o apoio dos paulistas. Logo depois Armando Salles se descompatibiliza com o governo e passa a ser a opção de uma coalizão de forças de vários estados e lideranças. Getúlio indica José Américo de Almeida que recebe o apoio de Minas e outros poucos estados. A Ação Integralista Brasileira lança candidato próprio, Plínio Salgado que mobiliza um forte apoio popular.

V – O início do processo de intervenção nos Estados: os casos do Distrito Federal, Mato Grosso e Rio Grande do sul.
No Mato Grosso onde Vargas não é governo um incidente armado envolvendo dois senadores faz que a manipulação da oposição de Filinto ao governador resulte em um pedido de intervenção federal, feito pela assembléia legislativa do estado, que não apoiava mais o governador. Em São Paulo uma divisão de poder dentro do partido governista é utilizado por Benjamin Vargas, irmão de Getúlio, para montar um oposição mais forte a assumir a maioria na mesa diretora da assembléia. Facilitando, assim, as ações do estado de guerra renovado por Vargas.

VI – A sucessão presidencial e o caso de Pernambuco.
Com o fim do estado de guerra e a reabertura do Congresso a disputa entre os partidários de Getúlio e Armando Salles recomeça. Salles declara que não existe a necessidade de se prorrogar o estado de guerra e essa idéia é realmente abandonada pelo governo. Mas o poder de Getúlio continua forte no legislativo, evidenciado pela vitória de Pedro Aleixo para a presidência da Câmara. Em Pernambuco o governo é posto sob suspeita pelo próprio Getúlio uma investigação do Tribunal de Segurança Nacional se inicia, mas Carlos Lima acaba por inocentado. Foi dito que o episódio não passou de uma advertência de Getúlio.

VII – O processo golpista: depuração dos militares legalistas; o Plano Cohen e o novo estado de guerra.
Armando Salles entende que somente com apoio dos militares ou com a neutralidade dos mesmos poderia ter chances de uma vitória política. Mas Getúlio já antecipando esta possibilidade afasta os militares, que não são governistas, de seus postos. O departamento de propaganda do governo intensifica a campanha contra os comunistas e promove que o comunismo destrói os valores da sociedade e que os que apóiam este regime devem ser presos e reeducados. Um golpe de esta já é comentado nos bastidores do governo, pois Getúlio entende que somente ele pode concluir o processo de formação do Brasil. Um novo estado de guerra é aprovado pelo Congresso.

VIII – O Golpe de Estado.
É criada a comissão Executora do estado de Guerra e se inicia o preparo do golpe de estado. Todos os governadores, com exceção dos opositores, são nomeados executores do estado de guerra. Uma medida estratégica é a federalização das forças publicas por Getúlio. Desta forma todo o ambiente político e policial dos estados ficam sob total controle do governo federal, certamente os presidentes de estados vivem sob uma imensa pressão. Em outubro de 1937 Flores da Cunha não suporta a pressão e foge para o Uruguai. Interventor alinhado com Getúlio é nomeado para o estado, onde é denunciada a presença de armamentos clandestinos. Neste momento todos estão alinhados em favor do golpe de Getúlio menos o Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco. O líder da oposição Armando Salles difunde um manifesto aos chefes militares do Brasil, incitando-os a revolta. Em 9 de novembro este manifesto é lido no Congresso Nacional, Getúlio antecipa o golpe que anteriormente estava previsto para o dia 15 e no dia 10 o Congresso nacional é cercado e é imposta a nova constituição. Vargas mostra mais uma vez que tem a maioria das forças políticas e militares ao seu lado. Armando Salles é preso e a autonomia dos estados fica interrompida com o simbólico gesto da queima das bandeiras estaduais. É o início do estado novo.

1934 – A Constitunte (O ciclo de Vargas – Volume VII) De Hélio Silva (Resenha)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Segundo Período







1934 – A Constitunte
(O ciclo de Vargas – Volume VII)
De Hélio Silva
Matéria: História do Brasil república
Professor: Victor







Macaé/RJ
Outubro de 2010.
“ Não tendo querido ser candidato...”
Este é trecho fundamental da carta em que o general Góis Monteiro, então Ministro da Guerra de Getúlio Vargas, solicita sua exoneração para que Vargas tenha total liberdade para escolher seu substituto para os novos tempos trazidos pela constituição de 1934.
Parece-me mais uma oportunidade de sair do governo que Góis Monteiro aproveita para, mesmo negando textualmente, vir em um breve futuro candidato a Presidência. A alegação de dar liberdade e Getúlio não é satisfatória, pois Getúlio nunca precisou pedir autorização a ninguém para levar adiante seus planos de governo. Entendo que o general se afasta do governo, depois de quatro anos e com um nome consolidado para disputar a presidência da republica em eleições já marcadas para o ano seguinte.

O Direito de Greve

Vargas não admitia que o funcionário público não servisse a nação. E ainda em 1934 já endurecia com seus funcionários determinando que sob a ameaça ou greve não inicia negociações.

“Serei o primeiro Revisionista...”

A fina ironia usa por Getúlio sobre a nova constituição indica claramente que ele tinha planos sólidos e pessoais e que nem uma nova constituição, elaborada para acalmar a oposição, mudaria seus objetivos.

Apoteose Final.

Assinada e subscrita pelos constituintes em 16 de julho de 1934 a nova constituição era promulgada. Pela festa realizada e pelo entusiasmo dos parlamentares, Getúlio devia estar satisfeito, pois assim acalmava a oposição que tanto o combateu em anos anteriores.

Encerrada a Missão

Juarez Távora entrega sua carta de demissão na véspera da promulgação da constituição. Parece-me que faz por mera formalidade, pois ele que foi revolucionário de 1930 e participou de vários processos de luta contra a velha república oligárquica, chegou a receber a jocosa alcunha de vice rei do nordeste, por cargo criado por Getúlio para que ele continuasse sendo influente no nordeste.

Presidente Getúlio Vargas

Em eleição indireta, mas secreta, Getúlio é eleito presidente constitucional. Certamente este resultado não foi surpresa para Getúlio mas uma oposição, se não grande mas presente, é constatada. Pois Vargas recebe 175 votos e Antonio Augusto Borges de Medeiros 59. Antonio Augusto representava o Rio Grande do Sul e depois de ser aliado de Vargas em 1930 se opôs a política federalista de Vargas e como presidente do Rio Grande do Sul, foi opositor feroz do regime Vargas.

Brasil de Getúlio Vargas a Castelo Branco ( 1930 – 1964) De Thomas E. Skidmore (Resenha)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História






Bruno Botelho Horta
Segundo Período





Brasil de Getúlio Vargas a Castelo Branco
( 1930 – 1964)
De Thomas E. Skidmore
Matéria: História do Brasil república
Professor: Victor









Macaé/RJ
Outubro de 2010.

Governo Transitório (1954 – 1956)

A posse de Café Filho após o suicídio de Vargas demonstrava a chegada ao poder de um vice presidente publicamente rompido com o ex presidente. Uma troca de comando representava a possibilidade dos antivarguistas chegarem ao poder. De uma forma não muito marcante, realmente, Café Filho entregou alguns ministérios aos Udenistas, mas o expurgo total dos varguistas, como era esperado, não aconteceu. Café filho teve um profundo senso democrático e como poucos udenistas não se deixou levar pelo poder e tentar a sua “perpetuação” na cadeira presidencial. Café filho declarou desde o início que seu governo não representava mais que uma transição pra as eleições que se aproximavam. E quem em outubro de 1955 a população decidiria quem seria o novo presidente.
Inicia da corrida presidencial O PDS logo em fevereiro realiza sua convenção e confirma o nome de Juscelino Kubitschek, governador de Minas gerais, eleito por voto direto e ex prefeito de Belo Horizonte indicado por Vargas. Esta candidatura representava os Varguistas. Enquanto a oposição se fragmentava entre vários nomes e não possuíam um nome nacional para enfrentar Juscelino. A confirmação de João Goulart como vice na chapa de Juscelino só acendeu ainda mais o combate da oposição.
Nomes como Etelvino Lins, lançado e depois retirado, Ademar de Barros, Juarez Távora e Carlos Lacerda só demonstravam que a os udenistas e demais partidos de direita dividiriam seus votos e não seriam capazes de Vencer a chapa do PDS-PTB.
Carlos Lacerda, desesperado por já visualizar a derrota eleitoral, representou tudo que há de mais antidemocrático, autoritário e individualista que se possa admitir em uma disputa eleitoral. Fez diversas acusações infundadas, utilizou-se de seu jornal para combater Juscelino e forjou documentos para incriminar a candidatura concorrente.
Importante citar a declaração de João Agripino na página 186 na convenção udenista em julho de 1955. “ livre - era liberdade para corromper e roubar, e ele sugeria que seria melhor viver limpo num cárcere do que livre nessa podridão”.
O discurso era surpreendentemente diferente, o PSD-PTB falava de aceleração da industrialização e a UDN falava em equilíbrio. Quem mais garantia o cumprimento de mandato de Café filho e o normal prosseguimento do processo político era o ministro da guerra General Lott, ferrenho defensor da legalidade e mais que isso representa um seguimento oficial e armado e quem tem em seus comandados sua força política e administrativa. Dificilmente alguém se atreveria a ter Lott como um inimigo.
O processo eleitoral se cumpre e como esperado Juscelino vence com 36% dos votos. Este relativo baixo percentual e duramente combatido pela a direita derrotada, principalmente por Carlos Lacerda que depois de muita pressão teve sua reivindicação negada pela justiça eleitoral. Depois de ter a “sua carta Brandi” desmascarada por uma sindicância militar, nele Juscelino era acusado de comprar armas de Perón na argentina para armar milícias operárias.
Mais uma tentativa de golpe foi articulada pelo General Mamede que tenta incitar uma revolta dos jovens oficiais. Indignado e buscando a punição, que no momento estava fora de seu alcance, Lott se desentende com o presidente em exercício, Carlos Luz presidente da Câmara, já que café Filho tinha problemas no coração. Lott renúncia e no dia seguinte 11 de novembro suas tropas ocupam os prédios públicos no Rio de Janeiro e depõe Luz, que foge para São Paulo no cruzador Tamandaré, junto com parte do seu ministério. Na fuga as baterias costeiras chegam a disparar contra o navio.
Imediatamente o congresso entra e sessão e dá posse a Nereu Ramos, presidente do senado, retirando o poder presidencial de Luz. No dia 21 de novembro Café Filho se diz recuperado e anuncia sua volta a presidência, certamente em apoio aos udenistas depostos por Lott. O general novamente movimenta as suas tropas e ameaça novamente com a mesma movimentação do dia 11 anterior. Com essa força marcante de Lott o clima tenso se estabiliza. Lacerda se auto exila em Cuba e Juscelino Toma posse cumprindo a vontade do povo garantida pelo General Lott.

Anos de Confiança (1956-1960)

Depois de assumir a presidência em condições muito adversas o governo de Juscelino se destaca pela evolução econômica do Brasil. Que em média cresceu na ordem de 7% ao ano. Sua política extremamente particular ficou conhecida como Nacionalismo Desenvolvimentista, onde procura equacionar as críticas da oposição e levar adiante o seu plano de metas. Os créditos foram liberados e políticas de incentivo ao capital produtivo foram amplamente implementadas no País. Notadamente a agricultura fica em segundo plano, pois Juscelino investia na produção de energia e no aparelhamento industrial do Brasil.
O símbolo maior do governo de Juscelino foi a construção da Brasília, que quando solicitada ao Congresso, foi rapidamente aprovada, quase quem em tom de jocosa provocação e desdém. Mas como é sabido, Juscelino empenhou-se em transformou a cidade no maior símbolo de seu governo.
Em sua política conciliatória deu consideráveis aumentos ao salário dos trabalhadores, comprou porta aviões para marinha, anistiou revoltosos. Mas estrategicamente controlou sindicatos e fechou jornais de oposição.

A Economia Política Brasileira De Guido Mantega

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História






Bruno Botelho Horta
Segundo Período





A Economia Política Brasileira
De Guido Mantega
Matéria: História do Brasil república
Professor: Victor









Macaé/RJ
Outubro de 2010.



O Pensamento CEPAL.

Neste texto Guido Mantega traça alguns aspectos do que foi a CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina). Onde já atuaram Celso Furtado, Maria da Conceição Tavares, Fernando Henrique Cardoso, Carlos Lessa e José Serra. Guido destaca que são poucos os trabalhos brasileiros que fazem referência a uma comissão que muito influenciou a política econômica dos anos 50 no Brasil.
A CEPAL Surge no final dos anos 40 em um pensamento conjunto das nações Sul Americanas tentando fugir da condição de colônia e terceiro mundo e participar das economias mais avançadas dos Países mais desenvolvidos. Essa comissão tinha como principal objetivo explicar os motivos do atraso econômico e propor as medidas para que a correção seja feita.
Contrário ao pensamento de Paul Samuelson que acreditava que os Países que produzem os produtos primários acabariam levando vantagem sobre os industrializados. A CEPAL comprovou que os centros desenvolvidos são os responsáveis por determinar de que forma o mercado internacional vai se comportar. Por possuir uma estrutura mais forte economicamente e uma classe trabalhadora melhor organizada, são os Países desenvolvidos que estipulam os preços dos seus produtos que invariavelmente são mais caros que os produtos oriundos dos Países que fornecem gêneros primários.
Um fator que explica essa diferença é que os consumidores do centro destinam um capital cada vez menor para a despesa com alimentação já que dispões de uma alimentação razoável. Outro fator é a mão de obra qualificada e organizada do centro que eleva o preço dos produtos industrializados, muito diferente da periferia com mão de obra barata e sem qualificação, contribuindo para o barateamento dos produtos a serem exportados.
A solução proposta é uma política que mantenha os investimentos no local de produção desenvolvendo a indústria e promovendo uma reforma agrária. O capital estrangeiro pode até ser utilizado, mas de forma que atenda as necessidades de investimento na produção de bens duráveis. Aumentando assim a renda nacional. A CEPAL chega até a determinar especificamente que este capital estrangeiro não seja investido em forma de privatização ou parceria nos setores de transporte ferroviário, energia e setores do serviço público ou de segurança. Este capital deve ser investido em indústrias de transformação que gera acúmulo de renda, melhoria salarial e desenvolvimento nacional.

A Guerra Civil Brasileira De Stanley E. Hilton

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História



Bruno Botelho Horta
Segundo Período



A Guerra Civil Brasileira
De Stanley E. Hilton
Matéria: História do Brasil República
Professor: Victor




Macaé/RJ
Outubro de 2010.

Transportados para julho de 1932 chegamos ao estado de São Paulo que ansiando por voltar ao poder prepara uma luta armada contra o governo Vargas. Já que a revolução de 32 foi feita tirando do poder o Partido Republicano Paulista. Um fato da época da revolução contribuiu muito para o descontentamento dos paulistas, foi à nomeação de João Alberto, totalmente desconhecido dos paulistas, como interventor do Estado. João Alberto logo se indispôs com a elite paulista. As relações entre paulistas e o governo federal foram se desgastando até o ponto de todos os paulistas pedirem demissão em massa dos cargos públicos. Logo depois o manifesto da Liga de Defesa Paulista que pregava a revolta armada, impossibilitou qualquer diálogo entre as partes. Coma ineficácia de um interventor cível em São Paulo, foi a partir de 1931 que os paulistas começaram a direcionar seus ataques diretamente a Vargas. Uma suposta falta de habilidade de Vargas no caso paulista pode até ser cogitada, mas deve ser levado em consideração o ideal de Vargas por uma união nacional sem bairrismos em busca de um País unido e forte. Em São Paulo as forças antes contrárias se unem e formam a aliança Liberal, pregando a reconstitucinalização do Brasil e a volta da autonomia de São Paulo. Vargas nomeia novo interventor paulista e civil que logo monta um secretariado de conformidade com as exigências da Aliança Liberal. Vargas já havia marcado as eleições e a aparente calma restabelecida no Estado tem seus dias contados segundo General Aranha.
Já com a dissidência do Rio Grande do Sul e com o apoio de Figueiredo na capital os paulistas já possuíam um plano de ataque a sede do governo paulista. A essa altura já com apoio de alguns militares do sul de Minas. Lideranças gaúchas garantiam o apoio aos paulistas na revolta armada, mas o chefe da brigada militar do Rio Grande do Sul, não era um constitucionalista. Flores logo aceita as garantias de Getúlio e descarta uma luta armada contra a Guanabara. Isso não foi o suficiente para deter o impulso armamentista e revoltoso de Klinger. Mas o governo já preparava seu contra ataque e em 8 de julho de 32 prende diversos conspiradores . Klinger é reformado, o que agita o Mato Grosso, mas não de forma decisiva. Em Minas Olegário Maciel continuava alinhado com Vargas e os paulistas cada vez mais isolados.
Após uma reunião presidida por Figueiredo as 11:00 do dia 09 de julho a revolução se inicia, logo algumas centenas de posições governamentais são tomadas na capital de São Paulo. As 21:00 A cidade estava sobre controle dos constitucionalistas. Vargas confirma a lealdade de Minas e do Rio Grande do Sul. E em menos de 24 horas todos os estados declaram apoio a Vargas, isolando São Paulo. O fim da revolta era só mais uma questão de tempo.

Sindicalismo e Classe Operária. (Resenha)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Segundo Período







Sindicalismo e Classe Operária.
Matéria: História de Brasil República
Professor: Victor







Macaé/RJ
Outubro de 2010.




O texto inicia com uma definição de sindicalismo. Que não é apenas um reflexo dos trabalhadores e sim um canal de reivindicação e proposição de mudanças. Foi a partir de 1930 que o estado iniciou uma apropriação das funções do sindicato. Culminando em uma integração ao governo depois de 1937. Nota-se que em 1937 Getúlio se apropria do poder e inicia uma política dura contra a oposição e os sindicados ficam sob controle do governo para, assim, evitar protestos e reivindicações que poderiam desestabilizar o governo.
Inegavelmente o governo provisório de 1930 trouxe reconhecimento e benefícios ao trabalhador, principalmente por criar o Ministério do Trabalho, órgão que estabeleceu normas que beneficiavam os trabalhadores em geral. Os sindicatos tinham a função de negociar diretamente com o governo, mas só teriam direito a essa negociação os sindicatos que fossem reconhecidos pelo Ministério do Trabalho. Ra essa a forma de Vargas, apesar de garantir benefício, manter a classe trabalhadora sob sua vigilância.
A transformação do meio sindical na década de 1930 aconteceu de forma lenta, mas fundamentalmente pelas transformações da sociedade da época, o movimento do homem saindo do campo e indo para a cidade, a nova classe proletariada que emergia junto com a industrialização mudavam a cara da sociedade e conseqüentemente as relações trabalhistas.
A vida sindical passou a ser uma constante no meio trabalhista. Os empregados que mesmo antes de 1930 já se associavam, mas não tinham poder de negociação com patrões e governo, passaram a se reconhecidos e a participar de negociações em beneficio dos trabalhadores. Esse segmento obteve tanta expressão e participação dos trabalhadores que foi “capitalisticamente” criado o imposto sindical em 1940.
O ato final e definitivo foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), lançada em 1943 por Getúlio Vargas.
Ao fim do Estado Novo a constituição que foi implantada já garantia o direito de greve, com muitas limitações, mas já era um avanço. A estrutura sindical de forma ampla continuou a mesma, apesar da nova constituição. E neste período que o sindicalista descobre que mais do que servir a classe trabalhadora ele poderia, também, representar essa classe e os sindicados descobrem sua vertente política. Mas as atividades sindicais declinam e só se restabelecem em 1951 no retorno da Vargas a presidência.
A partir de então o sindicalismo entre de vez na vida política do País. A organização dos sindicatos conseguem deflagrar greves gerais como as de 5 de julho de 1962 e a de 15 de novembro de 1962.
A crescente organização dos sindicatos e a articulação mantida entre eles, levou a criação do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) em 1962, onde sindicados de classes distintas reuniam-se para fortalecer suas ações.
Mas como em todo processo político as decisões não eram unânimes e descontes com o CGT formaram o Movimento Sindical Democrático com base de direita, já que o CGT era de base comunistas. Ainda criou-se uma terceira via a União Sindical dos Trabalhadores, formada pela dissidências dos pólos anteriores. Mas o golpe de 1964 colocou essas centrais na ilegalidade. E pouco mexeu na estudura sindical de base classista.

Capitalização e Nível de Renda da Colônia Açucareira de Celso Furtado. (Resenha)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História



Bruno Botelho Horta
Segundo Período





Formação Econômica do Brasil
Cap. VIII Capitalização e Nível de Renda da Colônia Açucareira
de Celso Furtado.

Matéria: Formação Econômica do Brasil
Professor: Victor







Macaé/RJ
Agosto de 2010.
CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA AÇUCAREIRA


O autor inicia relatando que o governo português investe inicialmente na produção de açúcar no Brasil. A mão de obra utilizada era a indígena escava. Os negros africanos só viriam depois que a empresa já estava estabelecida. Negócio prosperou e a quota de produção foi vinte vezes maior do que a esperada. Isso ao fim do século XVI.
Ao analisar os custos da produção do açúcar no País, Celso Furtado revela que cerca de 90% da renda gerada pela produção, permanecia na mão do dono do engenho. Boa parte destes lucros era gasto com importação de artigos de luxo europeus.
A produção do açúcar era tão intensa que chegou a se duplicada a cada dois anos, devido ao forte retorno de capital. Capital que ao permanecia na colônia.

FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO

O primeiro investimento feito pelos donos de engenhos é na forma de pagamentos ao exterior com a importação de equipamentos, materiais de construção e mão de obra.
O autor rebate a comparação do sistema açucareiro com o feudalismo, já que o açúcar era totalmente voltado para a exportação. Também explica que a produção do açúcar foi regulada para evitar um colapso nos preços, pois as terras e o mercado consumidor possibilitavam uma expansão maior do que a ocorreu de fato. Isso entre as metades dos séculos XVI e XVII.
O autor termina o capitulo explicando que os custos fixos do engenho de açúcar permitia que a estrutura suportasse retrocessos, até seculares e retomasse com plena vitalidade depois.

PROJEÇÃO DE ECONOMIA AÇUCAREIRA: A PECUÁRIA.

A grande ocupação e movimentação financeira da empresa de açúcar justificou a existência de outras atividades econômicas, entre elas a pecuária. Já que a carne fazia parte da dieta alimentar de senhores e escravos. O governo português proibiu a criação de gado no litoral, que era fundamentalmente utilizado para o cultivo de cana. Criou-se então, duas atividades independentes, já que os senhores de engenho não diversificavam seus empreendimentos. Paralelamente, no nordeste, a pecuária contribuiu para a ocupação do interior.
A mão de obra utilizada inicialmente foi a indígena que se adaptou bem ao trabalho. A criação de gado dependia diretamente da expansão da cultura canavieira. No século XVII a expansão nordestina levou a criação para o interior. A exploração mineira do século XVIII levou a pecuária para o sul do Brasil
A economia criatória era um mercado muito pequeno comparado ao da açucareira e basicamente era, apenas, de subsistência.


A FORMAÇÃO DO COMPLEXO ECONÔMICO NORDESTINO

A lenta redução da atividade açucareira que se iniciou na segunda metade do século XVII ocasionou uma fuga de mão de obra para o setor pecuário, que dispunha de muitas terras no interior.
Essa fuga populacional do litoral para o interior foi caracterizada como involução, onde a expansão da pecuária reflete apenas, a expansão da atividade de subsistência.


CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO TERRITORIAL

O controle da bacia amazônica foi intensificado a partir do século XVI, quando a coroa portuguesa e espanhola unidas, defenderam as terras do nordeste das invasões holandesas, francesas e inglesas.
A ocupação foi bastante difícil. A colônia do maranhão viveu dificuldades, pois estava isolada e o cultivo da cana não apresentou resultados positivos e ainda agravados pela baixa do mercado internacional.
A busca por escravos indígenas levou os colonos do maranhão ao Pará, onde dominaram técnicas de explorar os bens da floresta e com a ajuda dos jesuítas, terem a cooperação dos índios.
No sul, São Vicente vivia a queda da produção do açúcar e segue na direção da bacia do Prata com a fundação da colônia de Sacramento em 1680, onde o comércio de couro permitiu a expansão para o sul do País.

História Econômica do Brasil – Atividades Acessórias de Caio Prado Junior. (Resenha)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História





Bruno Botelho Horta
Segundo Período





História Econômica do Brasil – Atividades Acessórias
de Caio Prado Junior.

Matéria: Formação Econômica do Brasil
Professor: Victor







Macaé/RJ
Setembro de 2010.


As Atividades acessórias que se desenvolviam junto as grandes produções nacionais de açúcar e tabaco, eram mantidas pelos próprios escravos que trabalhavam na cultura principal, geralmente era dedicado o domingo para que eles produzissem culturas adjacentes que suplementavam a atividade principal e não era necessário recorrer a recursos fora da propriedade.
Os pequenos centros urbanos não recebiam produtos das fazendas, pois a atividade não tinha excedente, foram então, conduzidos a produzir suas próprias necessidades alimentares em pequenas culturas familiares. Os principais cultivos eram de mandioca, milho (muito valorizado), arroz feijão, poucas verduras e muitas frutas. Mas basicamente a população urbana era sub nutrida, pois grande parte dos donos de terras preferiam pagar um alto preço para completar sua alimentação do que plantar uma cultura que não lhes dava lucro.
O que me impressiona é que mesmo em uma época predominantemente rural e onde a população em números muito reduzidos não tinha laços de cooperação e de preocupação social. Os grandes fazendeiros, segundo Caio Prado, se isolavam em suas fazendas e não participavam da vida social da região em que viviam. E se o faziam seria somente com interesses econômicos ou políticos. A cooperação e a preocupação social não existiam. Pelo que posso analisar os graves problemas que enfrentamos hoje em dia tem origem bem anterior a época em que vivemos, já vem desde a colonização e se intensificou no século XVIII, segundo Caio Prado.
Mas voltando as atividades acessórias da qual trata o texto, temos a pecuária, também, desenvolvida como atividade acessória, apesar da importância na dieta dos centros urbanos. Essa atividade sempre ocorreu na periferia das atividades agrícolas de grande produção. E pecuária se expandiu pelo interior do nordeste, onde encontrou péssimas condições de desenvolvimento.
A partir do século XVIII a atividade de mineração se torna a principal atividade econômica no Brasil e por conta disto todas as outras atividades entram em declínio. Na região central de Minas Gerais é que são descobertas as maiores jazidas e a política econômica da metrópole atua cobrando o quinto da produção e implementando diversas regras de exploração.
Nesta parte do texto Caio Prado foge da intenção inicial de discorrer sobre as atividades acessórias, pois a mineração se torna uma atividade principal e apesar da grande importância dos relados tais como do derrame e a explanação sobre os faiscadores e a exploração dos diamantes, Caio Prado leva o foco do texto para a atividade principal.
No capítulo 8 ele volta a tratar da pecuária nordestina que em apoio a atividade açucareira no litoral, se desenvolveu partindo da Bahia até o Pernambuco, pelo interior da região. Mesmo tendo alcançado um regular nível de produção a falta de chuvas e as grandes distâncias contribuíram para um produção irregular e baixa qualidade do gado nordestino. O interessante é a referência as atividades complementares da pecuária do nordeste, que já é uma atividade complementar da produção açucareira do litoral.

Gestação da Economia Cafeeira De: Celso Furtado. (Resenha)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Segundo Período







Título: Formação Econômica do Brasil
Capítulo XX – Gestação da Economia Cafeeira
De: Celso Furtado.
Matéria: Formação Econômica do Brasil
Professor: Victor







Macaé/RJ
Outubro de 2010.
Até a primeira metade do século XIX o Brasil vivia um período de estagnação onde os poucos pontos positivos, além do sistema administrativo, foram a criação de um banco nacional e a preservação da unidade do País.
O Brasil estagnado precisava expandir o seu comércio internacional. Para incrementar a economia o Brasil contraiu empréstimos no exterior que não surtiram efeito. Certamente pela grande burocracia e corrupção do Estado brasileiro, portanto as condições internas somente pioraram.
O comércio de açúcar e algodão estava decadente e o fumo, arroz, cacau e couro não eram grandes o suficiente para mover a economia brasileira. O Brasil precisava de uma cultura fundamentada no uso do solo, pois sua grande extensão territorial associada com terras improdutivas, praticamente empurrava o País para este tipo de solução comercial.
O café surge como força de uma nova produção no final do século XIX quando o Haiti sofre uma desorganização interna¹. O Produto que já era cultivado no Brasil desde o século XVIII, sobe de preço e se estabelece como principal produto de exportação. O custo de produção era menor do que a produção de açúcar, primeiro porque utilizava a mesma mão de obra escrava, mas a cultura é permanente e o equipamento utilizado era produzido localmente.
Um fator importante da expansão cafeeira foi a proximidade da capital, com a cultura concentrada nas regiões serranas de São Paulo, Rio de Janeiro e principalmente em Minas Gerais. Os produtores passam a ter uma relação política com a capital e não somente comercial. Este fato esclarece porque políticos ligados a produção de açúcar nunca se destacaram no cenário nacional.

1 – O Haiti conquistou sua independência em 1804. Logo depois do sucesso do movimento abolicionista de 1793. Transformando-se na primeira nação do mundo formada por apenas ex escravos. Depois das lutas contra o governo de Napoleão e de pagar uma quantia altíssima pela independência 150 milhões de francos. A terra foi loteada e os brancos e seus descendentes impedidos de tomar posse dela. Esse loteamento desorganizou a estrutura produtiva do Haiti. (Texto adaptada de reportagem de Ricardo Allan no Correio Brasiliense em 17/01/2010)


- O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA
- OFERTA INTERNA POTENCIAL.

No censo de 1872 foi constatado que o Brasil tinha aproximadamente 1,5 milhões de escravos. Quantidade muito reduzida, comparando-a, por exemplo, com os EUA que alcançava os 4 milhões. Que no momento do fechamento do tráfico negreiro tinha números muito próximos do Brasil, indicando que no Brasil as condições de vida eram muito ruins.
Existia uma mão de obra não capitalizada na roça, trabalhando por subsistência nas grandes terras dos senhores fazendeiros e uma massa sem ocupação fixa nos centros urbanos. Mas o governo nunca pensou em uma campanha para aglutinar esses trabalhadores.


A IMIGRAÇÃO EUROPÉIA

O grande fluxo migratório de europeus para os EUA mostrava ao Brasil qual seria a saída para a escassez de mão de obra. De início com a subvenção do governo imperial algumas colônias de imigrantes se estabeleceram no sul do País. Mesmo com o grande vulto de dinheiro empregado nestas colônias elas minguavam quando a ajuda deixava de existir. Tanto que devido as más condições destas colônias a Alemanha proibiu a migração para o Brasil neste período.
Um pouco antes, em 1852, o senador Vergueiro, plantador de café, com ajuda governamental, transferiu para Limeira – SP. Oitenta famílias alemãs. Iniciando um processo copiado por outros fazendeiros. Que contando com o suporte do governo para o transporte e com a hipoteca de mão de obra do colono recém chegado, ficava com todas as vantagens.
Em 1870 o problema é equacionado com o governo brasileiro cobrindo as despesas com transporte e o fazendeiro garantindo o primeiro ano do colono e disponibilizando terras para que o mesmo tenha seu cultivo de subsistência. A partir de então um grande fluxo migratório se inicia da Europa para o Brasil, principalmente partindo da Itália.


TRANSUMÂNCIA AMAZÔNICA

No final do século XIX e início do século XX um movimento de migração do nordeste para a Amazônia registrou números significativos. Com uma pequena representatividade na extração do cacau a região amazônica começou a se destacar a partir da elevação do preço da borracha no mercado internacional. Existia um potencial muito grande para aumentar a extração na região, mas a falta de mão de obra, exatamente como no café, se tornou um grande empecilho para o aumento da produtividade. O aumento da produtividade inicial sem a melhora das técnicas de extração indica a expansão da mão de obra no local. Mesmo sem registros oficiais e estatísticos importantes ficou verificado que esta mão de obra se originou do nordeste e que aconteceu, também, pela saturação do mercado do sul pela mão de obra européia.
A situação da mão de obra nordestina na borracha era muito diferente da mão de obra européia no café. O nordestino já chegava endividado, comprava o produto para sua subsistência das mãos de seus empregadores, vivia no isolamento e em condições insalubres, se reproduzia pouco e morria cedo. Mais uma vez o Brasil dava privilégios ao produto, neste caso mão de obra, estrangeiros do que ao nacional.


ELIMINAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO

Para a sociedade e o empresário habituados ao trabalho servil a abolição da escravatura se configura como uma “Hecatombe Social”. Alguns alarmistas falavam em uma liquidação imediata de um grande patrimônio, já outros falavam em aumento do capital circulante no nordeste. A maior dificuldade para os libertos era que a terra já possuía donos e sobreviver se configurava uma difícil missão. Na região cafeeira os salários eram relativamente altos, mas de forma geral o Brasil não observou uma mudança da distribuição de renda.

NIVEL DE RENDA E RITMO DE CRESCIMENTO NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX

Em números absolutos houve um crescimento nos últimos 50 anos do século XIX, as exportações aumentaram e os preços dos importados caíram.
Mas esse desenvolvimento atingiu o Brasil de forma desigual, os cultivos de açúcar e algodão do nordeste não tiveram números favoráveis como no restante do país.
A distribuição desta renda pode ser classificada em três faixas dentro do Brasil.
No nordeste, excluída a Bahia, a renda diminui devido as baixas do algodão e do açúcar. NO sul observa-se um aumento devido a adequação de produção da região para abastecer o mercado interno com seus produtos. No sudeste a exportação do café eleva consideravelmente a renda da região. Definindo assim contornos econômicos que podemos observar ainda nos dias de hoje, mês que de forma mais sutil.

Introdução a Revolução Brasileira Capítulo 4 De: Nelson Werneck Sodré (Resenha)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Segundo Período







Introdução a Revolução Brasileira
Capítulo 4
De: Nelson Werneck Sodré
Matéria: Formação econômica do Brasil
Professor: Victor







Macaé/RJ
Outubro de 2010.
A primeira metade do século XIX (1801 – 1850) foi marcada por ânsias de rebelião em todo o Brasil. Werneck afirma que a base destas rebeliões são transformações econômicas que aconteciam no Brasil. Vieram as tarifa Alves Branco e a Lei Eusébio de Queiroz, restringindo o tráfico escravo dentro do Brasil. Adicionando-se a abolição do tráfico internacional de escravos um maior capital circulante passou a ser disponibilizado no País.
A segunda metade (1850 – 1900) viu surgir grandes avanços como: estradas de ferro, linhas telegráficas, navegação a vapor, crédito e os primeiros cabos submarinos. Os estados brasileiros têm como metade de suas receitas as tarifas alfandegárias, receitas estas, provenientes da Lei Alves Branco e seguindo até 1900. Só perdendo a maior importância quando o café surge de forma significativa na economia. O açúcar chegou a ser muito importante na receita dos estados, mas o seu declínio após a utilização do açúcar de beterraba na Europa, logo o colocou em nível secundário na nova economia que se formava.
O café em ascensão comercial logo se desvincu-la da utilização de mão de obra escrava e se estabelece como o maior produto de exportação nacional. Por conseqüência qualquer abalo deste comércio provoca reações adversas por todo o Brasil.
O declínio do algodão e do açúcar se deve, principalmente, a falta de competência para concorrer com os mercados emergentes destes produtos.
As relações comerciais com outros Países, poucos vale ressaltar, revelam que os EUA substituem a Inglaterra como principal País a receber nossos produtos. Enquanto que nossas importações deixam de ser quase que exclusivamente da Inglaterra e passam a ser diversificadas entre diversas nações.
A balança comercial brasileira em geral permaneceu superavitária na segunda metade do século XIX. Mas o maior problema era que o Brasil nada produzia e todos os produtos eram importados até os gêneros alimentícios. Mesmo com este saldo positivo o País não tinha capacidade econômica para pagar suas dívidas externas e cobrir suas despesas cada vez maiores. As empresas estabelecidas no território brasileiro não se integram ao país, realizavam seus lucros e o remetiam para a matriz no exterior.
Um dos poucos aspectos positivos citados pelo autor temos: o crescimento vegetativa, a imigração européia e a abolição da escravatura. Aumentando a força de trabalho do País. Mas, pelo que posso analisar, aumentando o mercado consumidor dos produtos europeus e a mão de obra para ser explorada dentro do próprio Brasil.

Evolução Agrícola De Caio Prado Junior (Resenha)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Segundo Período





História Econômica do Brasil
16 – Evolução Agrícola
De Caio Prado Junior
Matéria: Formação Econômica do Brasil
Professor: VIctor







Macaé/RJ
Outubro de 2010.

Caio Prado Junior inicia seu texto alertando que o século XIX foi marcante para a formação econômica do Brasil. Principalmente na sua segunda metade. O início mais marcante destas transformações foi a inversão geográfica onde o sul passa a figurar com índices econômicos muito superiores ao do norte, que anteriormente dominava o cenário econômico com o cultivo do algodão, do fumo e principalmente da cana de açúcar. O início da decadência do nordeste começou com a introdução do açúcar de beterraba na Europa. E agravada pela falta de competência dos produtores brasileiros de concorrer no mercado ou de substituir seu cultivo por outro mais rentável.
Foi exatamente no meio do século que o tráfico negreiro foi interrompido o que contribuiu ainda mais para o fim do predomínio do nordeste e o declínio definitivo do cultivo de cana. O centro sul que ainda emergia adaptou-se mais rapidamente as mudanças e ainda pode contar com a mão de obra que imigrava da Europa e não podia se adaptar ao clima quente do nordeste mas encontrou boas condições para o cultivo do café em uma região mais temperada.
O café encontrou o mercado dos EUA em busca de parceiros que não estivesses sob o domínio da Inglaterra e foi o café brasileiro que atendeu a esse mercado.


17 – Novo equilíbrio Econômico

O cultivo do café de forma a atender ao mercado internacional e conseqüentemente alavancar o comércio brasileiro no exterior além de ajustar a vida econômica interna contribuiu fundamentalmente para a evolução do aparelhamento técnico do Brasil e também pelo restabelecimento do comércio com a Inglaterra que havia se abalado desde a suspensão do tráfico de escravos. Mesmo sem dados mais profundos foram os empréstimos ou reescalonamento dos empréstimos anteriores que contribuíram para a estabilização e crescimento da economia brasileira. Outro fator importante na estabilização econômica foi o reajuste das tarifas alfandegárias para produtos importados. A taxa anterior de 15%, passou pata 30% em 1844 e chegou a 50% em 1860, fortalecendo as iniciativas nacionais de formar uma industria manufatureira.


18 A decadência do Trabalho Servil e Sua Abolição.

Ainda em 1831 o parlamento brasileiro recebe um projeto de abolição da escravidão. Projeto este que sequer chegou a ser deliberado. A possibilidade de abolição era vista com muito temor pela sociedade da época. Na realidade ninguém conseguia prever a reação dos libertos em uma sociedade que os reprimiu e humilhou, por isso o assunto era tratado como que em segredo. O debate aberto sobre este tema só se intensificaria a partir de 1850 quando por ocasião do fim do trafico internacional.
O primeiro setor a sentir falta de mão de obra foi a lavoura, principalmente a do café que se expandia ano após ano e como solução iniciou a transferência de escravos do norte para o sul ocasionando uma maior deficiência na já abalada estrutura econômica do norte do Brasil.
Em 1860 a classe pensante do Brasil: Advogados, bacharéis e juristas iniciam amplo debate sobre o fim da escravidão. Mais uma pressão é realizada pela Junta Francesa de Emancipação em 1865. Como obstáculo a liberdade aos escravos o Brasil inicia a campanha da guerra do Paraguai, fortalecendo ainda mais as políticas escravocratas do império em 1868 D. Pedro dissolve a câmara e nomeia um gabinete conservador e escravocrata. Por conseqüência a oposição constitui o partido Liberal que mais tarde chegaria a levantar a bandeira pela república.
Em 28 de setembro de 1871 o império aprova a lei do ventre livre. Medida necessária, pois ao fim da guerra do Paraguai o País não dispunha de homens necessários para o exercito e essa lei acalmava os abolicionistas e não feria os interesses dos donos de escravos, pois os filhos nascidos após esta lei permaneceriam sob tutela do dono dos pais até completarem a maioridade.
A população carioca é a mais atuante na luta contra a escravidão organizando sociedades que chegam a formar uma federação abolicionista em 1883. Em 28 de setembro de 1885 o governo tenta acalmar, como com a lei do ventre livre, os abolicionistas com a lei do sexagenário, que não provocou mais do que uma gargalhada geral. No mesmo ano o império endurece suas medidas levando ao poder uma ala mais radical de escravistas e a luta armada acontece em alguns lugares do Brasil. Os escravos não mais passivos organizam ajudados pelas sociedades abolicionistas, fugas diárias, contando com a recusa do exercito de atuar em uma missão considerada humilhante. Sofrendo pressões por todos os lados em 13 de maio de 1888 é assinada a lei Áurea.


19 – Imigração Colonização


O povoamento do território brasileiro se deu nas seguintes etapas. Primeiro foi o branco europeu, principalmente o português a se estabelecer na terra, mesmo que de forma tímida ainda nos primeiros anos de colonização. Depois com o incremento das atividades agrícolas foi a mão de obra negra e escrava, trazida da África que aumentou o povoamento do País, juntamente com a inclusão dos índios nativos. Em um novo ciclo migratório, tendo a Europa como fonte principal, a não de obra branca voltou a ser a principal fonte de povoamento do território brasileiro.
A transferência da corte portuguesa para o Brasil demonstrou, se é que eles já não sabiam das péssimas condições da colônia e a urgência nas reformas. As forças armadas foram as primeiras a serem fortificadas.
A deficiência da mão de obra já era um problema crônico, pois a vasta extensão territorial demonstrava que grandes áreas permaneciam despovoadas. Mesmo tendo como aliada a Inglaterra o Brasil seria ainda mais prejudicado pela interrupção do tráfico internacional de escravos promovido pela Inglaterra
Foi o senador Vergueiro o pioneiro na tentativa de importação de mão de obra européia, em 1847, pouco antes do fechamento do tráfico internacional de escravos, ele iniciou a contratação de famílias européias para as suas lavouras de café. Com o fechamento do mercado dos EUA aos imigrantes europeus e o incremento do mercado internacional de café. O Brasil recebeu um grande fluxo de colonos, principalmente italianos a partir de 1870. O sistema de parceria entre colonos e fazendeiros deu lugar ao sistema salarial. A região brasileira mais beneficiada com a chegada do maior número de colonos europeus foi o sul do Brasil, as condições climáticas e a riqueza da terra foram os principais fatores que decidiram em favor do sul para a escolha dos colonos.