quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Brasil de Getúlio Vargas a Castelo Branco ( 1930 – 1964)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História






Bruno Botelho Horta
Segundo Período





Brasil de Getúlio Vargas a Castelo Branco
( 1930 – 1964)
De Thomas E. Skidmore
Matéria: História do Brasil república
Professor: Victor









Macaé/RJ
Outubro de 2010.

Governo Transitório (1954 – 1956)

A posse de Café Filho após o suicídio de Vargas demonstrava a chegada ao poder de um vice presidente publicamente rompido com o ex presidente. Uma troca de comando representava a possibilidade dos antivarguistas chegarem ao poder. De uma forma não muito marcante, realmente, Café Filho entregou alguns ministérios aos Udenistas, mas o expurgo total dos varguistas, como era esperado, não aconteceu. Café filho teve um profundo senso democrático e como poucos udenistas não se deixou levar pelo poder e tentar a sua “perpetuação” na cadeira presidencial. Café filho declarou desde o início que seu governo não representava mais que uma transição pra as eleições que se aproximavam. E quem em outubro de 1955 a população decidiria quem seria o novo presidente.
Inicia da corrida presidencial O PDS logo em fevereiro realiza sua convenção e confirma o nome de Juscelino Kubitschek, governador de Minas gerais, eleito por voto direto e ex prefeito de Belo Horizonte indicado por Vargas. Esta candidatura representava os Varguistas. Enquanto a oposição se fragmentava entre vários nomes e não possuíam um nome nacional para enfrentar Juscelino. A confirmação de João Goulart como vice na chapa de Juscelino só acendeu ainda mais o combate da oposição.
Nomes como Etelvino Lins, lançado e depois retirado, Ademar de Barros, Juarez Távora e Carlos Lacerda só demonstravam que a os udenistas e demais partidos de direita dividiriam seus votos e não seriam capazes de Vencer a chapa do PDS-PTB.
Carlos Lacerda, desesperado por já visualizar a derrota eleitoral, representou tudo que há de mais antidemocrático, autoritário e individualista que se possa admitir em uma disputa eleitoral. Fez diversas acusações infundadas, utilizou-se de seu jornal para combater Juscelino e forjou documentos para incriminar a candidatura concorrente.
Importante citar a declaração de João Agripino na página 186 na convenção udenista em julho de 1955. “ livre - era liberdade para corromper e roubar, e ele sugeria que seria melhor viver limpo num cárcere do que livre nessa podridão”.
O discurso era surpreendentemente diferente, o PSD-PTB falava de aceleração da industrialização e a UDN falava em equilíbrio. Quem mais garantia o cumprimento de mandato de Café filho e o normal prosseguimento do processo político era o ministro da guerra General Lott, ferrenho defensor da legalidade e mais que isso representa um seguimento oficial e armado e quem tem em seus comandados sua força política e administrativa. Dificilmente alguém se atreveria a ter Lott como um inimigo.
O processo eleitoral se cumpre e como esperado Juscelino vence com 36% dos votos. Este relativo baixo percentual e duramente combatido pela a direita derrotada, principalmente por Carlos Lacerda que depois de muita pressão teve sua reivindicação negada pela justiça eleitoral. Depois de ter a “sua carta Brandi” desmascarada por uma sindicância militar, nele Juscelino era acusado de comprar armas de Perón na argentina para armar milícias operárias.
Mais uma tentativa de golpe foi articulada pelo General Mamede que tenta incitar uma revolta dos jovens oficiais. Indignado e buscando a punição, que no momento estava fora de seu alcance, Lott se desentende com o presidente em exercício, Carlos Luz presidente da Câmara, já que café Filho tinha problemas no coração. Lott renúncia e no dia seguinte 11 de novembro suas tropas ocupam os prédios públicos no Rio de Janeiro e depõe Luz, que foge para São Paulo no cruzador Tamandaré, junto com parte do seu ministério. Na fuga as baterias costeiras chegam a disparar contra o navio.
Imediatamente o congresso entra e sessão e dá posse a Nereu Ramos, presidente do senado, retirando o poder presidencial de Luz. No dia 21 de novembro Café Filho se diz recuperado e anuncia sua volta a presidência, certamente em apoio aos udenistas depostos por Lott. O general novamente movimenta as suas tropas e ameaça novamente com a mesma movimentação do dia 11 anterior. Com essa força marcante de Lott o clima tenso se estabiliza. Lacerda se auto exila em Cuba e Juscelino Toma posse cumprindo a vontade do povo garantida pelo General Lott.

Anos de Confiança (1956-1960)

Depois de assumir a presidência em condições muito adversas o governo de Juscelino se destaca pela evolução econômica do Brasil. Que em média cresceu na ordem de 7% ao ano. Sua política extremamente particular ficou conhecida como Nacionalismo Desenvolvimentista, onde procura equacionar as críticas da oposição e levar adiante o seu plano de metas. Os créditos foram liberados e políticas de incentivo ao capital produtivo foram amplamente implementadas no País. Notadamente a agricultura fica em segundo plano, pois Juscelino investia na produção de energia e no aparelhamento industrial do Brasil.
O símbolo maior do governo de Juscelino foi a construção da Brasília, que quando solicitada ao Congresso, foi rapidamente aprovada, quase quem em tom de jocosa provocação e desdém. Mas como é sabido, Juscelino empenhou-se em transformou a cidade no maior símbolo de seu governo.
Em sua política conciliatória deu consideráveis aumentos ao salário dos trabalhadores, comprou porta aviões para marinha, anistiou revoltosos. Mas estrategicamente controlou sindicatos e fechou jornais de oposição.

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