quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Porto Rico por Phyllipi Sales Gaetani

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé
Graduação em Licenciatura em História






Phyllipi Sales Gaetani




Porto Rico








Macaé
2011

Porto Rico no contexto mundial
Origem: A colonização espanhola

Em seus primórdios, Porto Rico foi habitado por populações indígenas que vieram da região do Orinoco, situado na América do Sul.
Quando os espanhóis atingiram Porto Rico, os nativos já contabilizavam uma população que variava entre 30 e 60 mil indígenas. Contavam com uma organização política bastante complexa e se encontravam em luta contra a invasão dos índios caribes.
A Ocupação espanhola numa primeira etapa estendeu-se somente as ilhas de São Domingo, Porto Rico e Cuba. Os primeiros colonizadores desconheciam a existência do México, do seu imenso território e suas civilizações.
Os primeiros espanhóis que chegaram a Porto Rico procuravam acima de tudo o ouro porém, perante à limitação dos recursos da ilha, logo tiveram que assentar-se, fundar granjas e criar animais para subsistir. Por conta de suas riquezas e a evidente localização estratégica, Porto Rico foi alvo de várias tentativas de invasão por parte de outras nações mercantilistas. Assim, o Governo espanhol levantou uma série de fortificações entre as quais destaca-se “O Morro”, posicionado a dominar o Porto de São João. No transcurso dos três séculos posteriores, os colonizadores tiveram que defender a ilha em numerosas ocasiões dos ataques de franceses, holandeses e ingleses, inimigos tradicionais do império espanhol.
Esses foram os primeiros acontecimentos que mudaram completamente o modo de vida do povo, principalmente dos índios, do que mais tarde seria Porto Rico.
Após a conquista e colonização Porto Rico se tornou colônia espanhola.



EUA e a politica intervencionista: A Independência de Porto Rico da Espanha e sua submissão ao “protetorado” norte-americano

"Os Estados Unidos, ainda que relutantemente, em caso flagrante de desordem ou total impotência, exercerá o poder internacional de polícia.”
Corolário Roosevelt, 1904.

Essa fala de Theodore Roosevelt, que seria uma previsão, reflete o desejo que ele tinha para os EUA; porém para chegar a esse desejo Roosevelt, teve que aplicar uma politica que fez dos EUA um país hegemônico. Para alcançar essa hegemonia seria necessário, primeiramente, exercer o controle hemisférico.
No inicio do século 19, os EUA já demonstravam uma tendência hegemônica. Em sua declaração, James Monroe afirmava que os EUA interviriam militarmente para ajudar qualquer país já independente do continente, em caso de invasão por alguma nação européia. A declaração ficou conhecida como doutrina Monroe e foi sintetizada na frase “América para os americanos”.
No processo de construção de uma hegemonia, os países economicamente mais fracos concedem ao país dominante o poder de “gerenciá-lo” de forma indireta, com isso as ações dos países dominados são alinhadas ao interesse do país hegemônico. Esse conceito é bem explicado por Gramsci.

Gramsci retirou de Maquiavel a imagem do poder como um centauro, metade homem, metade animal, uma combinação necessária de consentimento e coerção. Enquanto o aspecto consensual do poder está em primeiro plano, a hegemonia prevalece. A coerção está sempre latente, mas só é aplicada em casos marginais, anômalos. A hegemonia é suficiente para garantir o comportamento submisso da maioria das pessoas durante a maior parte do tempo.

A doutrina Monroe visava a “tirar do caminho” toda e qualquer influência europeia nos países das Américas; essa doutrina demonstrava confiança no poderio militar dos EUA. No próprio fato de os Estados Unidos se auto-atribuírem uma função de “defender” o continente já demonstrava que se consideravam fortes o suficiente para fazê-lo.
Em Porto Rico, no ano de 1868, uma tentativa de revolução se desenhou com o estabelecimento de uma revolta chamada “Grito de Lares”, uma insurreição armada ocorrida em 23 de Setembro de 1868 que visava obter a independência de Porto Rico em relação à Espanha. Logo em seguida, uma série de reformas liberais na Espanha determinaram o fim da escravidão naquele lugar.
Na década seguinte, temos a formação de vários partidos políticos em Porto-Rico. Em novembro de 1897, o governo espanhol abriu caminho para uma independência relativa ao oficializar a Carta Autonômica. Através desse documento, o comércio com outras nações foi definitivamente liberado. No entanto, o governo espanhol assegurava alguns direitos que limitavam essa independência concedida. Dessa forma, grupos favoráveis à independência definitiva acionaram o apoio dos norte-americanos para que o domínio espanhol fosse extinto.
Em 1898 os Estados Unidos intervieram na guerra de independência de Cuba, que ainda lutava contra o domínio espanhol, sob o pretexto de defender o povo cubano da feroz repressão espanhola à Insurreição de 1895. O país norte-americano lutou ao lado dos cubanos e garantiu a vitória contra a Espanha que, além de Cuba, perdeu os territórios do atual Porto Rico e as ilhas Filipinas e Guam, no Pacífico. A partir desse momento, a independência de Porto Rico seria sustentada à custa da intervenção política e econômica dos Estados Unidos.
O verdadeiro motivo para os EUA intervirem na guerra de independência de Cuba e de outras colônias espanholas , foi econômico; por isso a guerra hispano-americana.
Cuba era considerada o maior produtor de açúcar do mundo, colocando no mercado mais de um milhão de toneladas de açúcar por ano, quase metade da produção mundial. Antes da guerra, empresários norte-americanos tinham investido grandes quantias na ilha, com um intercâmbio comercial de aproximadamente cem milhões de dólares anuais. Além disso, Cuba ocupava uma área de enorme importância estratégica na entrada do Golfo do México e, juntamente com Porto Rico, resguardava os acessos ao Mar do Caribe. Os EUA já haviam tentado, sem sucesso, comprar a ilha aos espanhóis em diversas ocasiões.
Nenhum outro conflito americano proporcionou aos EUA lucros tão rápidos quanto a Guerra Hispano-Americana: de acordo com o tratado assinado em Paris em fins de 1898, os Estados Unidos tomavam a seu cargo as Ilhas Filipinas, a Ilha de Porto Rico e a Ilha de Guam. Porto Rico até hoje não é uma nação independente, mas pertence aos Estados Unidos, sob o estatuto de um “estado livre associado”. Com isso os EUA concretizaram sua hegemonia regional, tornando possível, mais tarde, a implantação de sua hegemonia global.
Esse estatuto de “estado livre independente” é politicamente favorável aos Estados Unidos, em função do Poder de Estado, como é explicado por Althusser.

O Estado só tem sentido em função do Poder de Estado. Toda luta política das classes gira em torno do Estado. Em torno da posse, isto é, da tomada e manutenção do poder de Estado por uma certa classe ou por uma aliança de classes ou frações de classes.

Os acontecimentos internacionais da década de 50 e sua influencia em Porto Rico

O final da segunda guerra mundial impôs grandes mudanças em todo cenário mundial. EUA e URSS compunham os dois blocos econômicos engajados na Guerra Fria. Com o plano Marshall, o estilo de vida e cultura dos americanos foi penetrando em vários países. Era um momento em que os Estados Unidos estavam prosperando economicamente.
A nação porto-riquenha partilhava a mesma bandeira e moeda dos Estados Unidos. Na década de 1950, a ação intervencionista norte-americana foi respondida com uma revolta popular conhecida como o “Grito de Jayuya”. Por meio de pesada e violenta ação militar, os Estados Unidos evitaram que o levante se propagasse. O grito de Jayuya, ocorreu em 1950 em vários locais de Porto Rico, principalmente em Jayuya. E foi nessa mesma cidade que se proclamou a segunda república de Porto Rico por Blanca Canales, que pode ter sido a primeira mulher a ter liderado uma revolta contra os EUA.
Apesar de ser um “Estado Livre associado” aos Estados Unidos, muitos porto-riquenhos acreditam que a autonomia do pais está incompleta. Entretanto, vários plebiscitos realizados aprovaram a manutenção dessa condição política singular, ao mesmo tempo em que o desejo de independência e a criação de uma república autônoma ganhava força entre a população.
Após o fim da segunda guerra mundial, a Marinha dos Estados Unidos, que havia comprado cerca de dois terços de Viesque, continuou a ocupar a base que havia sido instalada na cidade como um campo de tiro e de teste para bombas, misseis e outras armas. Originalmente essa base tinha o propósito de fornecer refúgio seguro à frota britânica, porém esse propósito nunca foi implementado.
Em 1999, contudo, um protesto veio à tona quando David Sanes, um civil, morreu após ser atingido por uma bomba lançada de um posto de observação. A questão tornou-se uma causa célebre e, aos manifestantes locais juntaram-se grupos de simpatizantes Norte-americanos. Como resultado desta pressão, em maio de 2003 a Marinha americana se viu obrigada a desativar a base.

O Grito de Jayuya

Em 17 de Setembro de 1922 foi fundado o Partido Nacionalista e Jose Coll y Cuchí foi eleito o primeiro presidente. Coll queria mudanças radicais na economia e programas sociais em Porto Rico. Em 1924, Pedro Albizu Campos é nomeado vice-presidente. Albizu sentiu que Porto Rico devia se tornar uma nação independente, mesmo que isso significasse um confronto armado. Em 1930, Coll y Cuchi deixou a presidência do partido por causa de suas divergências com Albizu Campos. Em 11 de Maio 1930, Albizu Campos foi eleito presidente do Partido Nacionalista.
Pedro Albizu Campos liderava o foco de oposição e rejeição da política imperial dos Estados Unidos. O Partido Nacionalista concordou em dar apoio incondicional a greves de trabalhadores da indústria açucareira.
Em 21 de Março 1937, os nacionalistas realizaram um desfile em Ponce e a polícia abriu fogo sobre a multidão. Episodio que ficou conhecido como o Massacre de Ponce.
Em 11 de junho de 1948, os Estados Unidos nomearam governador de Porto Rico Jesús T. Piñero. Na mesma época foi assinada a infame "Ley de la Mordaza" (Lei da Mordaça) ou Lei 53, como era oficialmente conhecida, aprovada pelo Legislativo porto-riquenho e que tornava ilegal promover, defender, aconselhar ou pregar, voluntária ou inconscientemente, a necessidade ou conveniência de derrubar, destruir ou paralisar o Governo Insular, ou de criar qualquer subdivisão política, usando a força ou a violência. O objetivo da Lei da Mordaça foi o de coibir o nacionalismo militar, e reprimir as ações do Partido Nacionalista e de seu líder, Albizu Campos.
Em 21 de junho de 1948, Albizu Campos fez um discurso na cidade de Manati, havendo na ocasião uma tentativa por parte da polícia para detê-lo. Mais tarde, naquele mês Albizu visitou Blanca Canales, seus primos e Elio Griselio Torresola, líderes nacionalistas da cidade de Jayuya. Griselio logo se mudou para Nova York onde se encontrou com seu amigo Oscar Collazo.
Entre 1949 e 1950, os nacionalistas da ilha começaram a planejar e se preparar para uma revolução armada. Em 03 julho de 1950 foi aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos a lei de Direito Público 600, que permite ao Legislativo formar uma Assembléia Constituinte para a criação da Constituição de Porto Rico, sujeita à aprovação pelo Presidente do Congresso dos Estados Unidos.
Em 30 de outubro de 1950, Blanca Canales e seu grupo entraram na cidade de Jayuya usando um ônibus e um carro. Os homens atacaram a delegacia e Blanca dirigiu-se à central telefônica cortando as linhas da cidade. Ela levou o grupo à praça da cidade onde levantou a bandeira de Porto Rico (o que fora proibido na pela “Lei da mordaça”) e declarou Puerto Rico uma república livre, em um discurso que ela pronunciou da varanda de um edifício em torno de praça da cidade. A cidade de Jayuya foi assim tomada pelos nacionalistas por três dias.
Os Estados Unidos declararam lei marcial em Porto Rico e Jayuya foi cercada pela Guarda Nacional. A cidade foi atacada por bombardeios aéreos e por artilharia. Embora parte da cidade tenha sido destruída, a divulgação de notícias desta ação militar fora de Porto Rico foi impedida pelos EUA.
A revolução foi ter lugar em 1952, data em que o Congresso dos Estados Unidos aprovou a criação da Commonwealth sob a própria Constituição, que é a atual situação política na ilha, ou seja, o status de Estado Livre associado sob a própria Constituição.
Albizu chama o povo para uma revolução armada, porque ele acreditava que o novo status era como uma "colônia de falso." Albizu Campos escolheu a cidade de Jayuya como a sede da revolução devido à sua localização.
A partir de 1952, os principais líderes do partido nacionalista foram presos, incluindo Albizu Campos e Blanca Canales, e condenados a longas penas de prisão. Desde então, o Partido Nacionalista não voltou a exercer um papel de relevância no cenário político porto-riquenho. Com todos os seus lideres presos e a organização destruída, tanto do partido como do Exército Libertador, a recuperação do Partido Nacionalista não foi possível. O Partido ainda existe, nominalmente, mas é pequeno e formado pelos ex-militantes dos tempos de Albizu.
Um dos acontecimentos mais emblemáticos da insurreição nacionalista foi o fato de a maioria dos líderes do Movimento Nacionalista não ter sido detida por cometer atos violentos ou pelas armas encontradas - o que lhes era vetado constitucionalmente. Ao contrário, foram presos por violar a lei da mordaça. Em outras palavras, foram processados por expressar abertamente seu repúdio ao governo em várias ocasiões e por diferentes meios de comunicação.



“Los Macheteros”

Os “Macheteros” foram uma organização com base na ilha de Porto Rico e organizada em 1970 por Filiberto Ojeda Rios, Juan Enrique Segarra-Palmer e Orlando Gonzalez Claudio. O grupo assumiu a responsabilidade por numerosos atentados e ataques contra as forças armadas dos Estados Unidos e assaltos a mão armada desde 1978. Seu líder era o ex-procurado pelo FBI Filiberto Ojeda Rios.
O nome “Machetero” evoca a imagem de um bando improvisado de porto-riquenhos que se reuniu para defender a ilha de Porto Rico durante a guerra Hispano-Americana. O grupo atraiu uma grande variedade de apoiadores, incluindo alguns membros da Pró-independência, uma organização de estudantes que tem como princípios fundamentais a independência de Porto Rico, a adoção do socialismo e uma reforma do sistema universitário
Em 12 de Setembro de 1983, dia do aniversário do nacionalista Pedro Albizu Campos, “Los Macheteros” realizaram um roubo ao Wells Fargo Depot. O assalto aconteceu em West Hartford, Connecticut, e rendeu mais de 7 milhões de dólares. Foi até então o maior roubo na historia dos EUA.
De acordo com os “Macheteros”, parte do dinheiro foi dado para as comunidades pobres de Porto Rico para financiar educação, alimentação, moradia, vestuário e brinquedos para as crianças. Segundo os promotores, o dinheiro foi usado para financiar “Los Macheteros”. Cerca 80 mil dólares que se acreditava ter sido fruto do assalto foi apreendido por agentes do FBI em Porto Rico e em Boston. O governo federal alega que o grupo gastou cerca de um milhão, mandou mais de dois milhões para Cuba, e escondeu 4 milhões em cofres, certificados de depósito, contas de poupança e fazendas em Porto Rico.
Em 1985, 19 membros de “Los Macheteros” foram indiciados por crimes associados ao roubo de Wells Fargo. Ojeda Ríos foi capturado como parte de uma operação do FBI que ocorreu após dois anos de vigilância sobre o grupo, sendo liberado sob fiança depois de seus advogados argumentarem que a ele tinha sido negado um julgamento rápido. O atraso em levá-lo a julgamento foi em grande parte resultado de movimentos da defesa. Em 23 de setembro de 1990, o aniversário do Grito de Lares, Ojeda Ríos cortou a etiqueta eletrônica que havia sido colocada em seu tornozelo como condição de sua libertação, e tornou-se um fugitivo.
Quatorze, dos 19 acusados, foram condenados após o julgamento e um foi absolvido. As acusações contra os outros foram retiradas. Três, incluindo Ojeda e Victor Manuel Gerena, foram capazes de enganar as autoridades e fugir. Em julho de 1992, Ojeda Ríos foi condenado, à revelia, a 55 anos de prisão e multado em 600 mil dólares por seu papel no assalto da Wells Fargo. Seu advogado afirmou que Ojeda fugiu por não acreditar que poderia obter um julgamento justo. Em um caso que atraiu críticas do governo de Porto Rico, Ojeda foi baleado e morto em um tiroteio quando o FBI invadiu seu esconderijo em Porto Rico em 2005.
Juan Segarra Palmer , um dos líderes do grupo, foi condenado a 65 anos de prisão. Em 1999, ele foi um dos membros da FALN cujas sentenças foram comutadas pelo presidente Bill Clinton. O grupo afirma que o dinheiro não foi usado para o ganho pessoal, mas para continuar a luta pela independência de Porto Rico.
Em 2010, Avelino González Claudio foi sentenciado, por sua participação no planejamento do assalto, a sete anos de prisão e "condenado a devolver o dinheiro".

Politica Porto-riquenha
Partido Independentista Porto-riquenho
Partido fundado em 1946, é um dos três partidos oficialmente reconhecidos no país. Sua trajetória política é pelo reconhecimento de Porto Rico como uma república independente, distante da estrutura econômica colonial que engessa os acordos e tratados comerciais com outros países. O seu presidente é Rubén Berríos Martínez. O Partido Independentista Porto-riquenho é inicialmente composto pela ala eleitoral do movimento pró-independência. Atualmente, é o maior partido independentista do país e o único nas votações eleitorais.

Partido Democrático Popular de Porto Rico
O Partido Democrático Popular é um dos três principais partidos registrados em Porto Rico, juntamente com o Novo Partido Progressista de Porto Rico (NPP) - que favorece o protetorado Americano - e do Porto Rico Independence Party (PIP), que favorece a independência completa.
Os dissidentes expulsos do Partido Liberal de Puerto Rico fundaram o PPD(Partido Popular Democrático De Porto Rico) em 1937-1938. Muitos deles faziam parte do velho movimento socialista de Porto Rico
A Facção dissidente, inicialmente chamava-se “Partido Liberal, en Rede, Auténtico y Completo” (Clear, Net, Authentic, and Complete Liberal Party) e era liderada por Luis Muñoz Marin. Alegadamente, o primeiro eleitor do partido inscrito era um morador de San Lorenzo, que tinha 120 anos de idade na época.
Partido Progressista de Porto Rico nova
É um partido político que defende a anexação de Porto Rico aos Estados Unidos da América, como o 51º estado. Membros do partido são comumente chamados de penepés, progresistas, ou estadistas
O partido traça as suas origens de um complexo desportivo em 1967, (que é atualmente conhecido como “El País Estadio Club” ) no setor de Country Club, em San Juan, Porto Rico .
Em 05 de janeiro de 1968 (véspera da Epifania ), a festa foi tardiamente certificada como um grupo político oficial pela Comissão Eleitoral Estado de Porto Rico. O partido tinha raízes em um partido pró-estado, antes liderado por Miguel Angel García Méndez . O partido incipiente fez campanha sem sucesso em favor de um estado em Porto Rico no referendo de 1967. Embora historicamente fosse pró Estado livre associado, o Partido Republicano decidiram boicotar a plebiscito. O Principal fundador do partido, e seu presidente, é Luis A. Ferré. Recentemente, Hon Luis Fortuño, membro do Partido Progressista, ganhou as eleições para governador de Porto Rico.

Cultura & Economia

A cultura de Porto Rico é o resultado de inúmeras influências de povos nativos e estrangeiros, tanto no passado, quanto no presente. As manifestações culturais contemporâneas dos porto-riquenhos demonstram a riqueza da história da ilha e ajudam a criar a identidade do país, que advém da fusão de diversas culturas: taínos (índios nativos), espanhóis, africanos, outros europeus, asiáticos, árabes e norte-americanos.
A base de muitos pratos de Porto Rico é o plátano (plantain) que é um "primo" da banana. Eles usam o plátano verde para fazer pratos salgados como mofongo (purê de plátano), sopa, tostones (plátano achatado e frito).
A música sempre desempenhou um papel importante na vida da ilha, desde os tempos dos primeiros povoadores. Os taínos tinham seus próprios instrumentos e, mais tarde, a aristocracia criolla encontrou na música e na dança a melhor forma de entretenimento. Porém, o principal ritmo de Porto Rico é a salsa, produto do encontro das músicas afro-caribenhas como o jazz. O Latin Jazz Ensemble de Tito Puente ainda é uma das bandas mais famosas do mundo e a salsa tem situado Porto Rico no mapa internacional da música popular.
A economia de Porto Rico é uma das mais dinâmicas do Caribe. Seu maior parceiro comercial são os Estados Unidos da América, do qual Porto Rico é um território associado. O país possui uma política de incentivos tributários que motiva as empresas norte-americanas a investirem no país. O café e o tabaco são uma das culturas mais importantes, sendo seguidos por produtos hortifrutigranjeiros. A agropecuária e a pesca ainda desempenham um importante papel na economia porto-riquenha.
Conclusão
Porto Rico, desde sua época Colonial, vive intensos conflitos para seu processo de independência e graças à politica intervencionista essa independência foi “boicotada”, fazendo com que Porto Rico se tornasse primeiramente colônia norte-americana. Após muitos conflitos entre os Porto-riquenhos e os Americanos, Porto-Rico conseguiu passar a ser um Estado sob protetorado norte-americano.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Porto Rico passou a ter ainda maior importância estratégica. Assim, qualquer manifestação nacionalista foi severamente reprimida, visando a prevenir que qualquer governo socialista se manifestasse dentro da área de influencia dos Estados Unidos da América.
Apesar de Porto-Rico estar dividido entre continuar o status de “Estado Livre associado” ou se tornar um pais independente, Porto-rico deseja maior participação nas decisões que são tomadas com relação à ilha, que é de grande interesse econômico e estratégico para os Estados Unidos. Assim, é interessante para os Estados Unidos da América manter o status de Porto Rico como “estado livre associado”.








Referências Bibliográficas

ALTHUSSER, L. P. Aparelhos Ideológicos de Estado: notas sobre os aparelhos ideológicos do Estado. Rio de Janeiro: Graal, 1985.
COX, Robert W. Gramsci, materialismo histórico e relações internacionais. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ. 2007.

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