segunda-feira, 21 de maio de 2012

Aula de História: Que bagagem levar? De: Helenice Rocha

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé Graduação em História
Bruno Botelho Horta Quinto Período
Aula de História: Que bagagem levar? De: Helenice Rocha Matéria: Metodologia do ensino de História Professor: Rodolfo Maia
Macaé/RJ
Idéia central: A autora procura desvendar alguns mitos sobre o ensino da História, tais como a diferença entre as escolas públicas e particulares e o envolvimento dos professores no sentido de superar essas dificuldades. Sua pesquisa de campo direciona o leitor para o entendimento prático de como os alunos percebem e reage a abordagem dos professores. Tendo como finalidade mostras problemas e apontar soluções no ensino da História.
Não se pode fugir do ensino ou do aprendizado de História sem a leitura de textos. Leitura necessariamente liga ao entendimento do texto. Já essa compreensão é o ponto mais variável e pessoal desta questão. A forma em que esse texto é entendido pelo aluno ou pelo professor é uma forma única que depende, em um dos aspectos possíveis, do acúmulo de conhecimento relativo a outros textos, como a autora descreve a bagagem que o leitor trás. Na página 83 ao fim do primeiro parágrafo a autora escreve.
“No ensino de História, a escrita das tarefas escolares se apresenta como tecnologias da memória”
Em seu trabalho de pesquisa a autora relata que muitos professores de História da rede pública, atribuem a uma má alfabetização, os problemas de entendimento dos textos da matéria. O que de fato não deixa de contribuir para esse problema. Mas cabe ao professor, em sala de aula e em tarefas fora dela, promover e incentivar a escrita dos alunos. Para que eles possam, de forma natural, adquirir está bagagem ou biblioteca pessoal. E, cada vez mais, ter uma relação mais dinâmica e prazerosa com os textos da matéria. Já a mesma dificuldade não ocorreu nas escolas particulares, onde os alunos possuem um letramento maior e de melhor qualidade, deixando os problemas encontrados apenas a alguns alunos de forma isolada.
A excelente pesquisa da autora deve ser analisada de forma mais abrangente, pois se trata de alunos das séries inicias e de escolas públicas. Na página 87, no primeiro parágrafo a autora escreve:
“Eles (os alunos) parafraseiam o que seus professores definem como História, como estudo do passado, mais ou menos remoto. Assim, constituem um tautologia, prática escolar de repetição sempre presente em exercícios escolares.”
Os alunos do nível fundamental, e ainda mais intensamente, os de escolas públicas, refletem inevitavelmente os pensamentos e ensinamentos transferidos por seus professores. Certamente os resultados serão diferentes se a mesma pesquisa for executada em séries superiores. De certo que é um alerta é uma significante abordagem sobre esse problema. Mas deve ser contextualizada e ponderada. A medida que as séries avançam e os professores são alterados por outros de formação ainda mais específica ou atualizada. Certamente as resposta serão diferentes.
Citando o ultimo parágrafo da página 90: “Na escola, o capital cultural constitui uma biblioteca partilhada entre alunos e professores, pois as referências culturais são próximas, e uns e outros vivenciam práticas culturais semelhantes. Muitas vezes, como observamos, vêem os mesmos filmes e noticiários, conhecem as mesmas histórias, conversam sobre assuntos semelhantes, com diferenças de preferências relativas a faixa etária.”
Esse parágrafo reflete a perigosa aproximação entre o professor, que na sua maioria das vezes é um profissional de classe média, como o seu público semelhante, que são os jovens de classe média/alta. As conseqüências são o distanciamento das escolas que atendem as classes mais baixas da sociedade. A dificuldade de se expressar, de aplicar seus planos de aula, de utilizar recursos matérias e de motivar seus alunos. O professor de história deve utilizar essas dificuldades como motivação para superar essa distancia. Deve buscar caminhos alternativos para que sua aula funcione não de forma uniforme onde quer que ele atue, mas como um elemento que se adapta ao lugar e ao aluno que frequenta suas aulas.
Estimular o acúmulo de memória é uma ferramenta eficiente para iniciar o processo de recuperação dos alunos que não conseguiram adquirir essa bagagem histórica. Criatividade, bom senso e dedicação são instrumentos indispensáveis para essa tarefa. E ninguém melhor que o professor de história para criar os métodos necessários para que essa falta de bagagem seja supera em um tempo menor do que o habitualmente se faria com outras matérias e assim garantir um equilíbrio de informação e aprendizado para todos os alunos. Independente de sua escola ou classe social.

Nenhum comentário:

Postar um comentário