sábado, 2 de março de 2013

Uma Fortaleza no Atlântico Sul.

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé Graduação em História
Bruno Botelho Horta Sétimo Período
Uma Fortaleza no Atlântico Sul.
Matéria: História do Rio de Janeiro Professor: Ana Lúcia
Macaé/RJ
Estácio de Sá na companhia de Manoel da Nóbrega e José de Anchieta aporta em primeiro de março de 1565 em uma pequena península em frente a um morro com cara de cachorro (Morro cara de Cão), e em homenagem ao rei de Portugal D. Sebastião, o lugar a consagrado ao padroeiro do rei São Sebastião. Apenas em primeiro de julho Estácio de Sá divide politicamente a região, oferecendo a maior parte do terreno a Companhia de Jesus. Da qual pertenciam os Jesuítas já citados. Para enfrentar os indígenas e franceses estabelecidos na região, Estácio de Sá recebe o apoio militar de seu tio Mem de Sá. Após os conflitos Estácio e ferido por uma flecha no rosto e faleceu cerca de um mês depois. Para prevenir ataques surpresas as tropas portuguesas procuram os morros para estabelecer moradias. O morro de São Januário, depois chamado de castelo. Em 1568 Manoel da Nóbrega monta o primeiro colégio no alto do morro.
Uma Cidade Portuguesa.
Já no início da ocupação da cidade do Rio de Janeiro uma família se estabelece no poder. Depois de Men e Estácio de Sá, chega a vez de Salvador Correia de Sá (Salvador, o velho) dar continuidade ao domínio político e militar da cidade. Esse domínio perdurou até 1660. A composição política era igual a todas as cidades do império português. A Câmara Municipal era formada por dois Juízes, um procurador e três Vereadores. Que eram eleitos pela classe dominante (aristocracia) por um período de três anos. Os morros foram ocupados por políticos, militares e religiosos. E as primeiras ruas da cidade eram exatamente os caminhos que ligavam estes morros. As moradias e comércios tendem a se direcionar para a zona portuária e o morro do Castelo, antes uam área central, agora se torna periferia e apenas os jesuítas permanecem por lá. Os limites da cidade são os morros do Castelo e do São Bento. Mas a cidade sofre por falta de água e a Câmara Municipal decide construir um aqueduto, as obras começam em 1617 e só terminam em 1750. Parte desta obra permanece até hoje, são os Arcos da Lapa.
Açúcar, aguardente e baleias.
Portugal investiu na cana de açúcar desde que começou a se interessar pelo Brasil em 1530. Os canaviais em engenhos da cidade ocupam as zonas rurais quase todas eram propriedades dos Correia de Sá. A mesma família tem autorização para construir um entreposto para pesar e armazenar a cana. E cobra taxas até 1851. Para exemplificar o poder econômico da família em 1630 eles já possuíam 700 escravos, além de terras na região de Campos com 160 escravos e sete mil cabeças de gado. As baleias eram um importante produto a ser utilizado na colônia, mas só eram capturadas quando encalhavam. Búzios, Niterói e a Ilha Grande eram os maiores centros pesqueiros em 1640, mas o monopólio do uso da baleia permaneceu com a coroa até 1801.
Índios, Jesuítas e Africanos
Os Jesuítas ocuparam um importante papel na defesa dos índios para a conversão a fé católica, mas não todo e qualquer índio. Apenas os que estavam em aldeias amistosas. Os índios do sertão eram mortos e perseguidos. A legislação portuguesa protegia os índios, pois seriam ótimos guias e poderiam ser utilizados como homens para guerras. Um índio convertido ao cristianismo Martin Afonso Araribóia recebeu do rei Sebastião uma sesmaria na região de Niterói, uma pensão e o hábito da Ordem de Cristo. No ano de 1757 a situação do índio no Brasil já não é boa. O Bispo da cidade descreve as aldeias próximas como antro de bêbados e propõe que as indiazinhas sejam educadas em casa portuguesas. Mas os políticos desencorajam estes atos. Os paulistas são os maiores perseguidores de índios com seus movimentos em direção ao desbravamento do interior do Brasil. As mortes foram tantas que levaram o Papa Urbano VIII e depois seu sucessor Paulo III a proibir a escravidão indígena. O Papa ordena que o vice rei do Peru auxilie os Jesuítas no Brasil e combater os paulistas. Na batalhe de Mbororpe em 1641 Jesuítas, índios e peruanos saem vitoriosos e obrigam os paulistas a recuar. A forte defesa dos índios por parte dos jesuítas acarretam a importação de escravos da África. Em 1610 os negros chegam ao Brasil com mais relevância e os próprios Jesuítas já são senhores de escravos negros. Em 1640 eles já conta com 600 escravos ajudar na defesa dos índios.
Sob o reinado de Salvador Correia de Sá e Benevides
A União Iberica, que foi a unificação das coroas de Portugal e Espanha (1580 - 1640). Transformou a cidade do Rio de Janeiro em um porto importante de controle de toda a região sul do Brasil até o Rio da Prata (Argentina). E as família dominante do Rio da Janeiro, os Correia de Sá, realizam a sua “pequena União Ibérica” Matin Correia da Sá se casa com a filha do governador de Cadiz (Espanha). Assegurando politicamente o futuro da família e de “sua” cidade. A soberania da família Correia de Sá termina em 1660 quando o governador das capitanias do sul se transfere para São Paulo. As elites contrariadas por muito tempo e a classe modesta revoltada obrigam Salvador Correia de Sá a voltar para a Europa. Permanecendo lá até sua morte em 1681. Ainda em 1676 o Rio de janeiro e elevado a categoria de Bispado. Área que seguia do Rio de Janeiro até o Rio do Prata. Era a confirmação que uma tirania sempre chega ao fim.

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