quarta-feira, 27 de outubro de 2010

História Econômica do Brasil – Atividades Acessórias de Caio Prado Junior. (Resenha)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História





Bruno Botelho Horta
Segundo Período





História Econômica do Brasil – Atividades Acessórias
de Caio Prado Junior.

Matéria: Formação Econômica do Brasil
Professor: Victor







Macaé/RJ
Setembro de 2010.


As Atividades acessórias que se desenvolviam junto as grandes produções nacionais de açúcar e tabaco, eram mantidas pelos próprios escravos que trabalhavam na cultura principal, geralmente era dedicado o domingo para que eles produzissem culturas adjacentes que suplementavam a atividade principal e não era necessário recorrer a recursos fora da propriedade.
Os pequenos centros urbanos não recebiam produtos das fazendas, pois a atividade não tinha excedente, foram então, conduzidos a produzir suas próprias necessidades alimentares em pequenas culturas familiares. Os principais cultivos eram de mandioca, milho (muito valorizado), arroz feijão, poucas verduras e muitas frutas. Mas basicamente a população urbana era sub nutrida, pois grande parte dos donos de terras preferiam pagar um alto preço para completar sua alimentação do que plantar uma cultura que não lhes dava lucro.
O que me impressiona é que mesmo em uma época predominantemente rural e onde a população em números muito reduzidos não tinha laços de cooperação e de preocupação social. Os grandes fazendeiros, segundo Caio Prado, se isolavam em suas fazendas e não participavam da vida social da região em que viviam. E se o faziam seria somente com interesses econômicos ou políticos. A cooperação e a preocupação social não existiam. Pelo que posso analisar os graves problemas que enfrentamos hoje em dia tem origem bem anterior a época em que vivemos, já vem desde a colonização e se intensificou no século XVIII, segundo Caio Prado.
Mas voltando as atividades acessórias da qual trata o texto, temos a pecuária, também, desenvolvida como atividade acessória, apesar da importância na dieta dos centros urbanos. Essa atividade sempre ocorreu na periferia das atividades agrícolas de grande produção. E pecuária se expandiu pelo interior do nordeste, onde encontrou péssimas condições de desenvolvimento.
A partir do século XVIII a atividade de mineração se torna a principal atividade econômica no Brasil e por conta disto todas as outras atividades entram em declínio. Na região central de Minas Gerais é que são descobertas as maiores jazidas e a política econômica da metrópole atua cobrando o quinto da produção e implementando diversas regras de exploração.
Nesta parte do texto Caio Prado foge da intenção inicial de discorrer sobre as atividades acessórias, pois a mineração se torna uma atividade principal e apesar da grande importância dos relados tais como do derrame e a explanação sobre os faiscadores e a exploração dos diamantes, Caio Prado leva o foco do texto para a atividade principal.
No capítulo 8 ele volta a tratar da pecuária nordestina que em apoio a atividade açucareira no litoral, se desenvolveu partindo da Bahia até o Pernambuco, pelo interior da região. Mesmo tendo alcançado um regular nível de produção a falta de chuvas e as grandes distâncias contribuíram para um produção irregular e baixa qualidade do gado nordestino. O interessante é a referência as atividades complementares da pecuária do nordeste, que já é uma atividade complementar da produção açucareira do litoral.

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