quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sindicalismo e Classe Operária. (Resenha)

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Segundo Período







Sindicalismo e Classe Operária.
Matéria: História de Brasil República
Professor: Victor







Macaé/RJ
Outubro de 2010.




O texto inicia com uma definição de sindicalismo. Que não é apenas um reflexo dos trabalhadores e sim um canal de reivindicação e proposição de mudanças. Foi a partir de 1930 que o estado iniciou uma apropriação das funções do sindicato. Culminando em uma integração ao governo depois de 1937. Nota-se que em 1937 Getúlio se apropria do poder e inicia uma política dura contra a oposição e os sindicados ficam sob controle do governo para, assim, evitar protestos e reivindicações que poderiam desestabilizar o governo.
Inegavelmente o governo provisório de 1930 trouxe reconhecimento e benefícios ao trabalhador, principalmente por criar o Ministério do Trabalho, órgão que estabeleceu normas que beneficiavam os trabalhadores em geral. Os sindicatos tinham a função de negociar diretamente com o governo, mas só teriam direito a essa negociação os sindicatos que fossem reconhecidos pelo Ministério do Trabalho. Ra essa a forma de Vargas, apesar de garantir benefício, manter a classe trabalhadora sob sua vigilância.
A transformação do meio sindical na década de 1930 aconteceu de forma lenta, mas fundamentalmente pelas transformações da sociedade da época, o movimento do homem saindo do campo e indo para a cidade, a nova classe proletariada que emergia junto com a industrialização mudavam a cara da sociedade e conseqüentemente as relações trabalhistas.
A vida sindical passou a ser uma constante no meio trabalhista. Os empregados que mesmo antes de 1930 já se associavam, mas não tinham poder de negociação com patrões e governo, passaram a se reconhecidos e a participar de negociações em beneficio dos trabalhadores. Esse segmento obteve tanta expressão e participação dos trabalhadores que foi “capitalisticamente” criado o imposto sindical em 1940.
O ato final e definitivo foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), lançada em 1943 por Getúlio Vargas.
Ao fim do Estado Novo a constituição que foi implantada já garantia o direito de greve, com muitas limitações, mas já era um avanço. A estrutura sindical de forma ampla continuou a mesma, apesar da nova constituição. E neste período que o sindicalista descobre que mais do que servir a classe trabalhadora ele poderia, também, representar essa classe e os sindicados descobrem sua vertente política. Mas as atividades sindicais declinam e só se restabelecem em 1951 no retorno da Vargas a presidência.
A partir de então o sindicalismo entre de vez na vida política do País. A organização dos sindicatos conseguem deflagrar greves gerais como as de 5 de julho de 1962 e a de 15 de novembro de 1962.
A crescente organização dos sindicatos e a articulação mantida entre eles, levou a criação do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) em 1962, onde sindicados de classes distintas reuniam-se para fortalecer suas ações.
Mas como em todo processo político as decisões não eram unânimes e descontes com o CGT formaram o Movimento Sindical Democrático com base de direita, já que o CGT era de base comunistas. Ainda criou-se uma terceira via a União Sindical dos Trabalhadores, formada pela dissidências dos pólos anteriores. Mas o golpe de 1964 colocou essas centrais na ilegalidade. E pouco mexeu na estudura sindical de base classista.

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