sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

AVALIAÇÃO DE ARQUEOLOGIA, PRÉ-HISTÓRIA E HISTÓRIA ANTIGA

AVALIAÇÃO DE ARQUEOLOGIA, PRÉ-HISTÓRIA E HISTÓRIA ANTIGA

Bruno Botelho Horta. 4º História.

Conteúdos:
• Hebreus
• Persas
• Grécia
• Roma

Questões:
1. Observe o desenho abaixo:

Trata-se da gravura representativa da vitória de Ramsés III contra os “Povos do Mar”.
A bacia do Mediterrâneo foi o palco de inúmeros conflitos entre invasores pouco conhecidos historicamente e civilizações que sucumbiram aos seus ataques. Além disso, cataclismos ambientais (erupções, maremotos, secas...) provocaram a destruição de civilizações, como a Cretense.
Faça uma pesquisa com resultados sucintos mostrando a interferência de invasores como os “Povos do Mar” e os cataclismos na História dos Cretenses, Hebreus e Micênicos.

Povos do Mar são os que se estabeleceram na costa do mediterrâneo mesmo que de forma fixa ou nômade sempre influenciaram ou determinaram a transformação ou extinção de povos que habitavam esta região.
Os cretas se tornaram uma sociedade rica e fortemente desenvolvida principalmente pelo domínio de técnicas de navegação e o desenvolvimento do comércio em função deste domínio tecnológico. Desastres naturais foram os principais responsáveis pelo declínio da Ilha de Creta, terremotos e erupções reduziram drasticamente sua população, deixando assim, seu território sem defesas contra invasões dos povos mediterrâneos. Os aqueus que dominaram a região Creta e a partir de sua miscigenação deu origem a civilização micênica.
Os povos do mar, principalmente representados pelos filisteus, conquistaram a região da Palestina e dominaram os hebreus, impondo sua cultura e construindo cidades entre elas Gaza. O principal fator que determinou a derrota dos hebreus foi a sofisticação tecnológica dos filisteus como o domínio do ferro. Além dos conflitos os hebreus sucumbiram a uma terrível seca que obrigou a migração para o Egito.
Já os micênicos que conquistaram Creta e aos poucos se tornaram poderosos e grandes comerciantes, sendo que a cidade de Micenas, que dá nome à civilização se tornou a mais poderosa cidade grega. A decadência micênica foi causada por povos invasores, principalmente os dórios, talvez por causas naturais ou crises internas, na realidade, não se sabe ao certo. O que ocorre é que com a decadência da civilização micênica, acaba o poder marítimo de Creta.
2. Sobre os Hebreus, pesquise sua História sob o ponto de vista científico e faça uma cronologia da mesma, passo-a-passo das origens (Abraão) até a diáspora romana no século I d.C., enfatizando o Patriarcado, os Juízes, a Monarquia, a divisão dos reinos de Judá e Israel, o domínio estrangeiro, as diásporas e êxodos.

Originalmente identificada como um grupo de pastores semi-nômades os hebreus foram liderados por Abraão que conduziu seu povo da cidade de Ur para a costa do mediterrâneo a terra de Canaã (atual Israel). Vivendo sob um ponto de vista religioso e monoteísta tinham como base de seu pensamento o patriarcado, que era constituído pelos três primeiros líderes do povo: Abraão e seu filho Issac e ainda seu neto Jacó. Mas a idéia de patriarcado deve ser compreendida, também, como um sistema de governança masculino onde cada patriarca é responsável por um grupo de pessoas, onde ele é o líder e conselheiro religioso.
Foram as contínuas guerras pela defesa de seu território que levou aos hebreus a aperfeiçoarem seu sistema político centralizando as decisões estratégicas na figura emergente dos Juízes, onde o governo estava centralizado e a defesa da palestina era uma prioridade. Os juízes mais conhecidos foram Sansão e Samuel.
A continuidade do sistema de juízes ou a sua evolução, como queiram, foi a instituição da monarquia hebréia e a fundação do reino de Israel. Iniciando o período dos reis. Foi esta contínua centralização que consolidou a defesa e manutenção da Palestina, levando a cidade de Jerusalém ao status de capital do Estado Hebreu em 996 A.C. O apogeu do período de reis foi o governo de Salomão, onde o comércio com povos vizinhos foi estabelecido e o exército consolidado.
A necessidade de manter um estado e a monarquia levou a medidas para o povo, dentre elas a cobrança de impostos e a obrigação de trabalhos forçados, isto levou a separação do reino em Israel ao norte e Judá ao sul.
O enfraquecimento do Estado possibilitou a invasão do território pelos assírios em Israel em 722 A.C. e Judá pelos babilônicos em 587 A.C. Onde foram escravizados na Babilônia entre 587 e 538 A.C. Os hebreus só seriam libertados por Ciro rei persa que conquista a babilônia e liberta os hebreus permitindo que eles retornem a Palestina.

As invasões continuaram tanto as dos macedônios em 333 A.C. e pelos romanos em 63 A.C. Em 70 D.C. essa dominação romana culmina com a destruição total de Jerusalém pelo imperador Tito. Até o ano de 131 o império romano perseguiu o povo judeu espalhando-o por todo o mundo, foi a chamada diáspora romana.


3. Religiosamente havia uma grande diferença entre persas, cretenses, fenícios, hebreus. Do politeísmo ao monoteísmo, entre outras diferenças. Faça um quadro comparativo entre as características religiosas desses povos. Que povos? Compare persas, hebreus, gregos e romanos.

Religião Principal Divindade Característica
Persas Dualista Zoroastro Existência do bem e mal
Hebreus Monoteísta Deus Dez mandamentos
Gregos Politeísta Zeus Antropomórficos
Romanos Politeísta Júpter Antropomórficos

4. Segundo Marx :
“A História de todas as sociedades que existiram até hoje tem sido a História da luta de classes. Livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e jornaleiro, numa palavra, opressor e oprimido, em constante oposição, têm vivido numa luta ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma luta que terminou, sempre, um uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela ruína das classes em luta. Nas primeiras etapas da História, encontramos, quase por toda parte, uma complexa divisão da sociedade em várias ordens, uma graduação variada de posições sociais. Na Roma antiga, encontramos patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos”.
Considerando a visão marxista contida na citação e seus estudos, caracterize o escravismo grego e romano. Além de caracterizá-los descreva detalhadamente de que maneira o fim do sistema escravista romano, com a Pax e a extensão da cidadania afetaram a estrutura do Império conduzindo a sua ruína.

Na Grécia os escravos eram adquiridos em conseqüência das guerras na região da Ásia Menor e o sistema de comércio funcionava como qualquer outra mercadoria. Uma característica grega foi a ocupação, pelos escravos, de outras camadas da sociedade que não apenas a base do sistema social ou até mesmo, estar fora deste sistema. Na Grécia os escravos ocupavam até postos de policiamento, outros mais habilidosos ocupavam posições de artesões e artistas, gozando até de alguns privilégios sociais. Os escravos que estavam na cidade possuíam, em alguns casos, renda própria, o que possibilitava a compra de sua própria liberdade. Diferente dos escravos rurais que viviam em condições muito piores. Foi a classe escrava que, assumindo as funções produtivas da sociedade grega, permitiu o desenvolvimento político e filosófico dos gregos.
Em Roma a relação com os escravos era bastante semelhante com os gregos, na sociedade romana os escravos trabalhavam e tinham a possibilidade e comprar a própria liberdade, mas os donos dos escravos eram os patrícios, a classe média romana. Os escravos tinham a oportunidade de viver quase plenamente a vida como um romano, sendo impossibilitado apenas de assumir um cargo público. Já no início da era cristã os romanos gradualmente permitiram avanços no trato com os escravos. Chegando a permitir a punição ao senhor que não tratasse bens seus escravos.

O constante progresso nos direitos dos escravos culminou com a sua libertação. A força escrava que era responsável por cerca de 30% da população do império romano do ocidente quando liberta migraram ou permaneceram no campo, iniciando o que seria um pouco mais tarde o sistema feudal europeu. Esse distanciamento dos centros urbanos e a sua peculiar autonomia enfraqueceram a sociedade e o governo romano. Por conseqüência seu exército ficou sem o número necessário de homens pra garantir a segurança do império contra os bárbaros.


5. Descreva os fatores, as estratégias, as crises sociais e políticas que tornaram a Monarquia Romana numa República e esta num Império.

A monarquia romana era caracterizada, fundamentalmente, pela eleição do rei através do voto do povo. E pela administração do reino em conjunto com o senado e a cúria.
O primeiro rei de origem etrusca, Tarquínio Prisco, deu início a um período de invasão etrusca em Roma. O sucessor de Prisco, Sérvio Túlio, seu genro, que também tem origem etrusca deu continuidade a uma série de avanços no reino de Roma. Mas foi com o assassinato de Túlio em uma conspiração familiar e a ascensão de Tarquínio ao poder que a dominação etrusca se estabelece em Roma. A principal característica do governo de Tarquínio foi a violência e a opressão contra os romanos, revogando direitos constitucionais e perseguindo opositores. Foi condescendente com a violação de Lucrécia, uma dama de importância na sociedade romana, que se suicida após o abuso do filho Sexto de Tarquínio. Esse abuso e final trágico, gerou uma revolta política que culminou com a decisão do senado de expulsar Tarquínio, iniciando assim o período da republica romana.
A república iniciada em 509 A.C. teve como seus dois primeiros cônsules Lúcio Júnio Bruto e Lúcio Tarquínio Colatino, viúvo de Lucrécia.
Foi a partir da república que Roma inicia sua transformação de cidade estado, em um império. Iniciando primeiramente a conquista da península itálica e se expandindo por toda a costa mediterrânea. Essa expansão do domínio romano foi transformando o poderio de Roma em um império. E essa expansão que se realizou de forma armada e por imposição da força transformou a sociedade romana além do sentido comercial. O poderio militar garantia a facilidade do comércio e com isso os comandantes militares, isto é, os generais, se tornaram cargos importantes com forte influência sobre a sociedade. Esse aumento do poder do chefe militar levou ao primeiro triunvirato, conseqüência direta da expansão do império romano.




6. Voltando a Grécia, descreva:
6.1 Cidade-Estado.
Eram centros urbanos auto governados. No caso grego não havia uma unidade nacional ou territorial. As cidades Estado vivem politicamente independentes e seus habitantes, independente de classe sócias, tinham direitos políticos dentro de suas cidades.

6.2 Guerras Médicas.
Eram as guerras dos gregos contra os persas que ocorreram no período clássico da Grécia entre 492 a 449 A.C. Após o avanço persa sobre as cidades do oriente, principalmente no caso de Mileto, onde os gregos enviaram reforços militares para combater os persas. Os persas avançam contra a Grécia européia e mesmo com a morte de Darío continuam na tentativa de tomar Atenas, mas mesmo em quantidade menor os gregos resistem aos persas. Xerxes que com uma quantidade maior de homens tentou por duas vezes conquistar Atenas não obteve sucesso e ainda, por fim, perdeu algumas das cidades anteriormente conquistadas em uma contra ofensiva grega. Sendo assim obrigado a assinar um acordo de não atacar mais o território grego. A partir daí a Grécia vive um período de esplendor comercial.


6.3 Jogos Olímpicos.
Era uma homenagem a Zeus, onde todas as cidades estados se reuniam na cidade de Olímpia pra eventos religiosos e competitivos. Que se realizavam a cada 4 anos, interrompendo, inclusive as guerras.


6.4 Guerra do Peloponeso.
Foi a guerra entre a confederação de Delos, comandada por Atenas, contra a confederação do Peloponeso comandada por Esparta. Teve como principal motivo a rivalidade de Esparta, que possuía um exercito altamente qualificado, com Atenas que possuiu um grande comércio e domínio marítimo. Durou 27 anos e teve Esparta como vencedora.


6.5 Cultura Helênica e Helenismo.
Foi um período em que a Grécia foi dominada pelos macedônios e as culturas se misturaram. Teve, ironicamente, seu apogeu após a morte de Alexandre, o grande, até a dominação romana. A cultura grega foi amplamente divulgada em todo o território macedônico. Neste período as artes, a literatura e as ciências foram impulsionadas e a cultura grega passou por um processo semelhante a um processo de globalização, indo da própria Grécia até a Pérsia, passando pelo Egito e pela Mesopotâmia.


6.6 Conquistas Macedônicas.
Iniciando pelo norte da Grécia, onde Felipe II após estruturar seu exército inicia a fabulosa expansão dos macedônios conquistando toda península, já enfraquecida pela guerra do Peloponeso. O próximo passo é dado pelo filho de Felipe II, Alexandre. Educado por Aristóteles, segue pela Ásia em direção Egito. No caminho conquista a Síria e a importante cidade de Tiro. A conquista do Egito foi como uma libertação, pois o povo já estava sob o domínio persa. No Egito Alexandre alcança o status de faraó. Alexandre segue em direção a Mesopotâmia e mesmo possuindo um exército menor conquista o reino persa. Ainda seguiu em direção ao atual Afeganistão e ao norte da Índia onde conquistou alguns territórios.

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