sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Teoria da dependência, neoliberalismo e desenvolvimento: Reflexões para os 30 anos da teoria

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História






Bruno Botelho Horta
Quarto Período








Teoria da dependência, neoliberalismo e desenvolvimento:
Reflexões para os 30 anos da teoria
Matéria: História da América
Professor: Victor Temprone.










Duas principais teorizações da dependência podem ser definidas como:
I – A marxista onde a luta de classes é a principal conseqüência da dominação, onde essas classes buscam na periferia uma organização socialista.
II – E a weberiana onde as estruturas de dominação são as responsáveis por manter o sistema dominante operando.

Para Cardoso foi o crescimento da unidade nacional que iniciou o rompimento com as estruturas dominadoras caracterizou o verdadeiro insucesso dos países que, no contexto internacional, não conseguiram encontrar os seus nichos internacionais de mercado, terminando como grupos irrelevantes para o mercado global.
A vertente econômica da dominação é a mais esmagadora e eficaz. Impões que estruturas internas só funcionem para manter ou abastecer as estruturas externas e dominadoras. A estrutura política pouco pode contribuir para buscar um ajuste que diminua ou termine com a dependência, pois esta se encontra funcionando apenas na ordem interna, sem poder, verdadeiramente influencias em estruturas internacionais.
Para fugir das estruturas de dependência Cardoso sugere que a centralidade do mercado se estabeleça no aspecto político, nas relações internacionais e no desenvolvimento econômico. Voltando para o lado da ética as ações dominadoras. Colocando, desta forma, barreiras morais para evitar dominações e massacres econômicos.
Ainda para Cardoso a globalização trouxe práticas ainda mais negativas, pois o capital especulatório se movimentava de forma muito dinâmica no mercado internacional, gerando crises e ainda mais dependência do sistema financeiro. E para Cardoso somente quando os mercados se tornarem únicos internacionalmente que os problemas gerados pela globalização poderão ser controlados.
A entrada do capital internacional nos mercados internos primeiro funcionou como amortização das tensões sociais, mas logo se transformou em mais uma forma de ameaçar as estruturas de desenvolvimento interno.
O caminho proposto para fugir das armadilhas impostas pelo capital internacional é abrir o mercado para atrair investimentos e manter a moeda forte para escapar de ataques especulativos.
A saída marxista para a dominação é a integração nacional para comandar os processos criados pela entrada do capital estrangeiro. A melhor distribuição das indústrias no território nacional, investimentos sociais para a qualificação do trabalhador, seriam políticas de integração nacional que fortaleceria as estruturas internas, diminuindo a dominação e a dependência externa a cada momento.

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