sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Resenha de Gramsci, Materialismo e Relações Internacionais. De: Stephen Gill

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Quarto Período







Resenha de Gramsci,
Materialismo e Relações Internacionais.
De: Stephen Gill

Matéria: História da América
Professor: Victor






Gramsci, Hegemonia e relações internacionais: Um ensaio sobre o método. – Robert W. Cox

Baseada na leitura de Os Cadernos do Cárcere do ex líder do partido comunista italiano Gramsci, o autor ressalta a importância do estudo do conceito de hegemonia. Principalmente nas teorias e estudos das relações internacionais.

Gramsci e hegemonia.

Gramsci utiliza sua própria experiência pessoal pra adaptar e evoluir conceitos que, segundo ele, não podem ser abstraídos de suas aplicações, evitando assim contradições e ambigüidades. A validade dos conceitos só pode ser confirmada se postos em prática resolvem situações e as deixam claras.



Origens do conceito de hegemonia.

Partindo da terceira internacional comunista e passando pelos conceitos de Maquiavel o pensamento de Gramsci nos caminhos do e Lênin leva a definição de liderança com consentimento das classes aliadas. Mas adaptando esse pensamento Gramsci aplica a classe burguesa o conceito de hegemonia observando ainda que para se estabelecer no comando e no controle a burguesia até oferece concessões para manter a subordinação das classes assalariadas. Essa hegemonia permanecerá enquanto a classe dominada permanecer passiva, mas os casos em que a ordem for ameaçada a latente coerção se fará sentir pela classe dominante.
Para combater essa hegemonia das sociedades européias Gramsci defendia a utilização da guerra de posição e não a de movimento, pois a hegemonia só seria derrubada com ataques constantes a base de sustentação da hegemonia, que são os aspectos sóciais do estado.
Esse combate é a construção da contra hegemonia, que se forma no interior da atuante hegemonia, e que deve resistir as tentações de não ser incorporado pela atual hegemonia.



Revolução Passiva


Para Gramsci existiam dois tipos de sociedades que haviam se transformado socialmente: as completas como Inglaterra e França. E as que a nova ordem havia sido imposta, ordem esta criada no estrangeiro. A principal característica desta segunda sociedade é a dialética revolução-restauração. Aqui mesmo no Brasil podemos ver as constantes revoluções e golpes que transformaram a sociedade e mudou, por diversas vezes o pode de mãos.
Achei importante e esclarecedora pra mim a definição “progressistas, quando o governo forte preside um processo mais ordenado de criação de um novo Estado; reacionárias, quando estabiliza o poder existente.”
O transformismo definido por Gramsci era uma coalização de forças de amplo aspecto formando um grupo de interesses com objetivos comuns e transformadores.


Bloco Histórico


A estrutura formada por estado e sociedade representa um contexto estabelecido e que só poderiam ser modificados por um evento catastrófico que derrubando a atual estrutura possibilitaria a o surgimento de um novo bloco, o bloco histórico.
O bloco histórico não existe sem uma estabilidade da conjuntura dominante. Só a permanência de um Estado, suas forças sociais, políticas e econômicas caracterizam o bloco histórico. Para manter a estabilidade do bloco histórico os intelectuais desempenham um papel importante em manter imagens mentais da funcionalidade da organização ou, ao contrario, para derruba-la.

Um comentário:

  1. Não entendi o que é guerra de posição e o que é guerra de movimento.

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