terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Coluna Prestes. de Nelson Werneck Sodré.

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História





Bruno Botelho Horta
Segundo Período





A Coluna Prestes.
de Nelson Werneck Sodré.

Matéria: História do Brasil república
Professor: Victor





Macaé/RJ
Setembro de 2010.







No dia 14 de abril de 1925 duas colunas tenentistas se encontram no sudoeste do Paraná. Foi publicado um boletim interno criando a primeira divisão revolucionária que depois seria conhecido como Coluna Prestes.
Neste período pós guerra o capitalismo estava em crise, como também a cultura e a sociedade que assistia um embate do velho contra o novo. O Brasil tinha no latifúndio sua maior expressão comercial. O café principal produto de exportação e base da economia brasileira começa, a partir de 1920, um processo de desvalorização internacional. Até 1922 um grande investimento de empresas internacionais investem no Brasil, como a Light e a Belgo Mineira.
O poder federal desta “republica velha” fica detido nas mãos de poucos políticos e de seus comandados que quando perfeitamente subordinados se tornam senhores absolutos de seus estados ou municípios, para qual foram indicados.
A política dos coronéis era absoluta. Como o País era basicamente latifundiário, os senhores de terras, os “coronéis” era quem determinava o voto de seus colonos e em toca recebia os benefícios dos políticos por ele eleitos.
Em dezembro de 1921 o clube militar decide que as cartas injuriosas aos militares, creditadas a Artur Bernardes eram verdadeiras e uma grande campanha de repúdio foi iniciada contra o candidato que por fim venceu as eleições. Bernardes representava, para os militares a conservadora elite dominante e uma carta forjada para fins ilícitos, foi a base de um movimento verdadeiro e puro dos militares.
Foi na data de 5 de julho de 1922 que o Forte de Copacabana e o Colégio militar se rebelam e marcham em direção a Vila Militar. Foram rechaçados e voltaram para o seu quartel. Este episódio gerou perseguições mortes e um estado de sítio que perdurou por 4 anos. Exatamente 2 anos depois os militares tomam a cidade de São Paulo, foram bombardeados e retiraram-se organizadamente para o oeste do Paraná, indo de Guaíra até Foz de Iguaçu, contando com cerca de três mil homens. A coluna Prestes então se torna um movimento de vulto nacional. Em 14 de abril de 1925 as colunas gaúcha e paulista se unem e formam a chamada coluna Prestes que marcharia por todo o centro oeste, grande parte do nordeste e Minas Gerais, indo refugiar-se na Bolívia.
Eram pouco mais de 800 homens, mal armados mas muito corajosos. O autor, Werneck, valoriza bastante os feitos desta coluna que basicamente caminhavam em revolta contra o governo federal. Foi de muita repercussão, mas a coluna não dominava cidades e sim passava por elas com sua propaganda, não dominavam territórios e seguiam sempre em marcha.
Preste é demonstrado como um homem inteligente, primeiro da turma na academia militar, porém de pouca estatura.
O tenentismo que é um movimento de ascensão burguesa não deixou de buscar o aprimoramento do regime republicano, buscar a perfeição da letra da Lei e não os desmandos e desvios que ocorriam no Brasil. Era essa sua ideologia.
O Tenentismo é descrito em três etapas distintas, mas imprecisamente delimitadas. A primeira onde os elementos atuam isoladamente e somente abrange os militares. A segunda inicia-se as ligações com a política local e na terceira a frontal oposição ao governo federal.
No texto Werneck relata que existe um grande apelo e simpatia popular por Prestes e sua marcha, mas acredito que esta simpatia não passou, por muitas das vezes, de mera curiosidade. A marcha monumental por praticamente todo o pais não foi capaz de arregimentar um numero suficiente para encorajar Prestes a uma ofensiva direta contra as tropas federais. Muito foi noticiado pela imprensa e a população fantasiava a respeito de prestes e seus feitos. Mas sua divisão revolucionária nunca alcançou um número considerável de componentes.

Um comentário:

  1. Olá. Gostei do seu texto e a titulo de contribuição colei esse link.

    http://colunamiguelcostaprestes.blogspot.com/2010/06/coluna-miguel-costa-prestes.html

    ResponderExcluir