sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Historia Geral da Civilização Brasileira O Brasil Republicano Capítulo I – Dos Governos Militares a Prudente – Campos Sales.

Texto do sociólogo e cientista político Fernando Henrique Cardoso, que foi Presidente da república de 1995 a 2002. Em seu primeiro capítulo é relato que a passagem do Império para República foi um movimento dês elites. Cita a famosa frase de Aristides Lobo “O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava”. Esse relato de 15 de novembro de 1889 mostra como o movimento republicano não era um movimento do povo e sim das elites. Entretanto os jovens oficiais iniciavam a reorganização da ordem política brasileira.
Nesta época a base social do Brasil era a Coroa, escravidão e as grandes propriedades. 5;5% da população era de escravos. A partir de então, com o ingresso do capital estrangeiro, principalmente o inglês a sociedade brasileira dinamizou-se. A cidades cresceram, inchando-se do movimento migratório vindo do campo e do exterior.
Politicamente o auto conta que o País vivia uma crise militar e religiosa no momento da proclamação da república. Fernando Henrique relata que o poder moderador no Brasil era muito amplo e o patriarcalismo, com seus favores pessoais, é que mantinha a frágil estabilidade do governo imperial. Paralelamente os militares ganhavam consciência de que para ser chefe do exército era necessário ser chefe da província, pensamento de Caxias. Dessa forma os militares começaram a buscar seu espaço na política. Mas sem participar da chamada “politicalha”. O autor segue narrando diversos fatos que foram inserindo os militares na política brasileira, desde o jornal “O Militar” até a república.
Depois de demonstrar a base do início econômico da republica, Fernando Henrique ressalta o fortalecimento do federalismo com a constituição de 1891. E a oposição ao novo regime não passava de retórica. Deodoro viria a renunciar em 23/11/91 depois de fechar o Congresso e como contragolpe terem sido deflagradas revoltas em vários pontos do País. Floriano Peixoto assume o poder.
Apesar de uma maior participação popular. Entenda-se essa participação como sendo as dos militares, fazendeiros de café e letrados civis. Uma política de clientelismo praticada junto aos “coronéis” do interior era quem garantia a sustentabilidade do poder. Os coronéis forneciam os votos de cabresto e o governo fornecia uma política favorável a esses “coronéis”.
Quando Campos Sales assume o poder consegue sanear as finanças do Brasil e seguir um modelo progressista a partir de então.

Nenhum comentário:

Postar um comentário